quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Grito de Ana 2013: Um grito pelas mulheres cristãs vítimas de agressão pela perseguição religiosa

Foto: André Silva/O Grito de Ana
 
 
Nesse ano de 2013 o blog, "O Grito de Ana" vai servir à uma causa específica dentro deste contexto de violência contra a mulher. Segundo dados da organização Missão Portas Abertas, mais 100 milhões de cristãos ao redor do mundo sofrem algum tipo de perseguição por causa da sua fé. Essa perseguição vai desde limitações à cidadania ao assassinato por grupos fundamentalistas religiosos, por regimes de governo, por terroristas e criminosos. na esteira dessa atrocidade, as mulheres, depois das crianças, são as que estão mais vulneráveis e sofrem as piores agressões no ambiente público e privado.
 
Sendo assim, essa ferramenta de ativismo em prol do fim da violência contra a mulher, que é o blog "O Grito de Ana", vai levantar a bandeira da causa das mulheres cristãs que sofrem perseguição (violências físicas, psicológicas, moral, sexual, material e emocional) por causa da sua fé.
 
Essa bandeira será erguida em 2013 na linha de frente da militância por cada mulher que sofre algum tipo de agressão e por aquelas que tiveram sua vida ceifada pela violência de gênero.
 
André Silva
 
Polícia do paquistão faz vista grossa à prisão de agressores muçulmanos
 
A polícia paquistanesa se recusou a prender os muçulmanos, acusados de causar aborto em uma mulher grávida de gêmeas ao agredi-la, apesar do juiz ter cancelado a liberdade provisória dos acusados, disse o marido da mulher.

Os policiais do distrito de Narowal, na província de Punjab, foram parciais e tendenciosos ao tomar partido de muçulmanos acusados de causar aborto em uma mulher cristã e de estuprar sua sobrinha de 13 anos de idade, disse Asher Masih, tio da menina e marido da mulher agredida. O grupo de rapazes agrediram Nosheen Masih, e outros parentes dela na tentativa de pressioná-los a retirar as acusações de estupro feitas contra eles, disse Masih.
 
Entre os acusados de espancar Nosheen Masih, que estava grávida de cinco meses, e de estuprar uma jovem de 13 anos, está Irfan Safdar. A polícia está protegendo Safdar por causa da influência de seu pai, o inspetor de polícia aposentado Safdar Bajwa, segundo Masih.
 
"Mesmo com o cancelamento da liberdade provisória e do pagamento de fiança, os políciais estão tentando limpar a ficha criminal de Irfan e não levá-lo sob custódia outra vez", completou Masih. Ele acrescentou que o acusado, com a ajuda da polícia, continua a pressionar a família para que seja feito um "acordo de reconciliação", em que eles retirariam as acusações. Devido a influência de seu pai, a polícia já declarou Safdar inocente da acusação de estupro.
 
A menina violentada, disse ao juiz Mansoor Ahmed Warraich, que Irfan Safdar, um empregado dele identificado apenas como Shahid, e um homem não identificado, a sequestraram quando ela passava proximo à casa de Safdar em 29 de março. Ela disse que eles a doparam, a levaram para uma casa abandonada no campo e a violentaram. A menina disse ao juiz que, desde então, não tinha ido para a escola e que nunca mais quer voltar a estudar.
 
Sarwat Hakeem, o oficial que investiga ambos os casos, teria dito ao tribunal que, a menina tinha ido para os campos com os três suspeitos por livre e espontânea vontade, que ela tinha uma "amizade" com Shahid e que ela consentiu em fazer sexo com ele. Disse também que, a família não tinha encontrado a menina na casa abandonada, e que ela teria ido voltado para casa com as próprias pernas.
 
Ele indeferiu a alegação da família de que a mulher perdera os gêmeos devido ao espancamento, alegando que o abordo espontaneo só ocorreu 48 horas após o ataque.
 
Os criminosos muçulmanos se aproveitam do fato de que a polícia e os tribunais dão pouco crédito às denúncias feitas pelo cristãos do país.
 
Masih disse que os familiares das vítimas perderam a esperança de obter justiça por parte das autoridades, acrescentando que estavam "pagando o preço por serem pobres... e cristãos".
 
"O que podemos esperar da polícia quando eles não cumprem seu dever, mesmo sob ordens judiciais"?, disse Masih. "Eles distorcem os fatos e até chegaram ao ponto de acusar uma garota de 13 anos de cometer adultério com três homens adultos".
 
Leia o livro CRISTÃOS SECRETOS e saiba mais, sobre o cotidiano de cristãos que vivem em países de maioria muçulmana, como o Paquistão.
 
Fonte: Site Portas Abertas

Dados nacionais sobre violência contra a mulher

Entre 1980 e 2010 foram assassinadas mais de 92 mil mulheres no Brasil, 43,7 mil somente na última década. Segundo o Mapa da Violência divulgado pelo Instituto Sangari, o número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%.
 
 
 
“O crescimento efetivo acontece até o ano de 1996, período que as taxas de homicídio feminino duplicam, passando de 2,3 para 4,6 homicídios para cada 100 mil mulheres [veja gráfico ao lado]. A partir desse ano, e até 2006, as taxas permanecem estabilizadas, com tendência de queda, em torno de 4,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. No primeiro ano de vigência efetiva da lei Maria da Penha, 2007, as taxas experimentam um leve decréscimo, voltando imediatamente a crescer de forma rápida até o ano 2010, último dado atualmente disponível, igualando o máximo patamar já observado no país: o de 1996.”
 
De janeiro a junho de 2012, o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher registrou 47.555 relatos de violência. A violência física continua sendo o tipo mais relatado. Foram 26.939 registros – contemplando 56,65% das formas de violência de que trata a Lei Maria da Penha (11.340/2006).
 
Em 2011, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou que 37.717 mulheres, entre 20 e 59 anos foram vítimas de algum tipo de violência no Brasil. Entre as principais agressões notificadas, se destaca a física, com 78,2%, seguida por violência psicológica (32,2%) e sexual (7,5%). A maioria das agressões ocorre dentro da própria residência (60,4%) e os homens com os quais elas se relacionam ou se relacionaram são os principais agressores (41,2% dos casos).
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fórum de Sobreviventes: Testemunhos de mulheres que sobreviveram e promoveram mudanças

Rompiendo el silencio: Sobrevivientes de la violencia detallan cómo utilizaron su experiencia para lograr el cambio


Cathy Eatock es una aborigen y sobreviviente del abuso sexual en su niñez que presentó una denuncia contra su agresor a pesar de la resistencia de su comunidad. Desde entonces trabaja incansablemente en políticas para proteger a las mujeres y a los niños de los abusos, y para defender los derechos de los pueblos indígenas. Ella es hoy la Oficial Superior de Políticas en el Ministerio de Asuntos Indígenas del Gobierno de Australia.
 
“Mi propia experiencia suscitó una serie de temas acerca de los enfoques legislativos y de políticas, de los que desde entonces me he ocupado”, cuenta. Ella es una de las cinco mujeres que tomaron la palabra hoy en el Foro de Sobrevivientes acerca de cómo han usado sus propias experiencias con la violencia para promover, con éxito, reformas en la legislación y las políticas públicas en sus países.
 
Cuatro de las sobrevivientes que hablaron en el Foro (de izq. a der.): Autumn Burris, Sacide Akkaya, Mayerlis Angarita y Cathy Eatock. Foto: ONU Mujeres/Catianne Tijerina
 
Este panel fue celebrado en el marco del Foro de Contrapartes sobre la prevención y erradicación de la violencia contra las mujeres, organizado por ONU Mujeres los días 13 y 14 de diciembre en Nueva York. El evento tuvo el propósito de alentar el diálogo, crear alianzas y ofrecer una plataforma para compartir las estrategias que dan resultados.
 
“Este mes se me atacó dos veces: una con arma de fuero y la otra cuando nos atacaron los paramilitares”, contó Mayerlis Angarita con vehemencia, superviviente de la violencia relacionada con el conflicto y activista de Colombia que creó la Fundación Narrar para Vivir. Esta organización no gubernamental influenció exitosamente la ley de víctimas y restitución de tierras adoptada por el Congreso colombiano en 2011, que estableció los derechos de las mujeres a la tierra.
 
“Fuimos al Congreso en grupo, 17 mujeres, para presentar nuestra opinión sobre la nueva ley, y conseguimos la inclusión de una perspectiva de género en el capítulo sobre la restitución de la tierra”, cuenta Mayerlis (si desea más detalles, visione la entrevista en vídeo en español). “Es también un testimonio… de lo que el conflicto armado ha causado y de cómo usaron nuestros cuerpos como arma de guerra. … La lucha no fue fácil… pero hemos logrado producir un efecto.”
 
Sacide Akkaya, de Turquía, sobrevivió a la violencia doméstica y es una prominente activista con la organización de mujeres KA-MER. Ha estado luchando contra los asesinatos por honor y ha contribuido fundamentalmente a la adopción de un decreto de prevención de la violencia contra las mujeres, que entró en vigor el 8 de marzo de 2012. “Casi el 70 por ciento de las cosas que propusimos han sido incluidas en la ley”, dijo, enfatizando que su organización continua haciendo cabildeo a favor de más cambios.
 
“Creo que contar con los testimonios de estas sobrevivientes en este panel es histórico y deseo agradecer a ONU Mujeres por esta iniciativa”, dijo Autumn Burris, superviviente de abusos sexuales, violación, trabajo en el sexo y violencia doméstica de los Estados Unidos de América. Ella fundó Standing Against Global Exploitation (lucha contra la explotación en el mundo), una organización sita en San Francisco que ha abogado por una ley contra el tráfico de personas en California. “Algunos de los retos son la falta de políticas, servicios y programas que cuenten con el punto de vista de las supervivientes, y la falta de coordinación entre los gobiernos y las ONG”, dijo.
 
En un vídeo desde Brasil, Maria da Penha, sobreviviente de violencia doméstica, contó su historia de perseverancia: sobrevivió a dos tentativas de asesinato por parte de su esposo en 1983, que la dejaron paralítica. “Viví una vida llena de violencia física y psicológica, y no podía salir de esa relación porque, en aquel tiempo… se mataba a las mujeres que trataban de escapar de una relación violenta. … En general, el agresor quedaba libre de toda pena.”
 
Maria persistió a pesar de dos décadas de infructuosas batallas legales contra su esposo, que quedó eventualmente en libertad por tecnicismos. Escribió un libro y se asoció con dos ONG que la ayudaron a llevar su caso ante la Comisión Interamericana para los Derechos Humanos. En 2001, la Comisión dictaminó contra Brasil y ordenó al país a establecer una ley nacional para prevenir la violencia doméstica. La ley fue promulgada en agosto de 2006 y se le dio el nombre oficial de Ley Maria da Penha.

El Foro de Contrapartes fue organizado en preparación de la 57ª sesión de la Comisión de la Condición Jurídica y Social de la Mujer de marzo de 2013. Esta reunión internacional, donde los países darán cuentas de los progresos de sus países en materia de derechos de las mujeres y de igualdad de género, se centrará en la prevención y la eliminación de la violencia contra las mujeres y las niñas.
 
 Fonte: ONU Mujeres

domingo, 16 de dezembro de 2012

Lei de Femicídio: Prisão perpétua para femicídio é aprovada no Perú

Textos:Isabel Zamora iszamora@grupoepensa.pe |Fotos:Archivo Epensa
                 


 23 noviembre 2012 | Lima - Peru
Advertidos. Los hombres acostumbrados a golpear a sus parejas sin ninguna contemplación, tendrán que pensarlo dos veces antes de actuar con violencia, pues la Comisión de la Mujer y Familia del Congreso de la República aprobó endurecer las penas para los agresores, que incluso llegarían a la cadena perpetua.

De esta manera se reforma y amplía la Ley del Feminicidio, con la finalidad de dar un marco legal adecuado y sancionar con penas más severas a los agresores, quienes podrían purgar cárcel de por vida por su mal accionar.

El proyecto aprobado tipifica el delito de feminicidio aun cuando las víctimas no sean esposas, parejas o novias del agresor. Además, señala que para su comisión basta que la mujer haya sufrido acoso en el trabajo u otro lugar.

Asimismo, en caso de que la víctima sea menor de edad, la norma propone aplicar cadena perpetua al victimario. También agrava las penas el hecho de que la víctima sea gestante, una persona bajo cuidado o responsabilidad del agresor, o discapacitada.

Por su parte, la presidenta de la Comisión de la Mujer, Aurelia Tan, recordó que en la actualidad los casos de feminicidio son juzgados como crímenes comunes, lo que no garantiza penas severas para los autores.
 
AL PLENO. La ministra de la Mujer, Ana Jara, saludó la aprobación de dicho proyecto de ley y exhortó al presidente del Congreso, Víctor Isla, a que incluya el dictamen en la agenda del próximo pleno.

Indicó que la propuesta, aprobada por la Comisión de la Mujer, permitirá castigar con mayor rigor la violencia contra las mujeres, estableciendo la cadena perpetua para el feminicidio en caso de que existan agravantes.

"Rescato que el tema se haya tratado con la celeridad que tanto reclama la ciudadanía ante estos hechos que nos indignan", señaló Jara.
 

Portal "Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha": referência de pesquisa pública

Lançado o portal "Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha"


Gil Ferreira/Agência CNJ
Lançado o portal Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha

A campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha: a Lei é mais Forte”, promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) terá mais um parceiro: o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O órgão aderiu à iniciativa durante o lançamento do novo portal www.compromissoeatitude.org.br, que reúne doutrinas, jurisprudências, estatísticas e artigos sobre a violência doméstica e familiar e a Lei Maria da Penha. O evento, que também marcou o início da campanha compromisso e atitude na Região Sul, ocorreu no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) nesta sexta-feira (14/12).
 
A juíza Luciane Bortoleto, que auxilia na coordenação das ações do CNJ relacionadas à Lei Maria da Penha, informou que o ingresso do CNMP se deu por meio da assinatura de termo aditivo ao acordo de cooperação que criou a campanha. A magistrada destacou o significado da adesão do CNMP, responsável pelo planejamento estratégico e fiscalização do Ministério Público brasileiro. “A campanha visa justamente a mobilizar os operadores do Direito e chamar a atenção deles para a importância dessa causa”, afirmou.
 
O novo portal se destina aos profissionais da área jurídica, principalmente àqueles que não têm familiaridade com a matéria, mas que, em algum momento, precisam lidar com ela. Além de notícias, informações sobre a legislação referente à violência contra a mulher, o portal Compromisso e Atitude possibilita o acesso a convenções e tratados internacionais, normas, recomendações e manuais. A aba Jurisprudência apresenta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em Estatística, as pessoas interessadas obterão dados nacionais e internacionais de casos de violência contra as mulheres. Casos emblemáticos de assassinatos e outros crimes contra brasileiras estão postados em Justiça em Ação, e, em Serviços, operadores e operadoras de Justiça encontrarão políticas públicas para o enfrentamento a esse tipo de violência.

“Nossa intenção é que o portal seja ferramenta completa, de acesso para o público, no entanto mais voltado para o operador do direito. O portal vai ser de grande contribuição, principalmente para os profissionais que trabalham com uma gama de assuntos e não especificamente com a lei”, afirmou Luciane Bortoleto.

O lançamento da iniciativa contou com a presença do conselheiro Ney Freitas, presidente da Comissão de Acesso à Justiça e à Cidadania, órgão do CNJ responsável pelo desenvolvimento da iniciativa. De acordo com ele, a iniciativa já foi lançada no Espírito Santo, no Pará, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Esses estados foram classificados como os mais violentos da região à qual pertencem, de acordo com o Mapa da Violência – pesquisa da SPM que aferiu o número de homicídios entre as mulheres.

Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias, com informações da Secretaria de Políticas para as Mulheres
 
Fonte: Portal CNJ

domingo, 25 de novembro de 2012

Sobre a Rede de Homens Líderes (Network of Men Leaders)

"Men must teach each other that real men do not violate or oppress women – and that a woman’s place is not just in the home or the field, but in schools and offices and boardrooms." 
             
SECRETARY-GENERAL BAN KI-MOON



Network of Men Leaders

The Secretary-General’s Network of Men Leaders

Too often, boys and young men are exposed to examples of sexist behaviour. Too often, boys and young men are taught to equate masculinity with the use of violence and dominance over women. Too often, such behaviour is met with silence and tolerated by other men, which serves only to normalize gender inequality and negative stereotypes.
 
However, many men are uncomfortable with stereotypical and violent behaviour towards women and would intervene if they believed other men would support them. Men can also be devastated by violence perpetrated against the women they care deeply about.
 
For many years, women around the world have led efforts to prevent and end violence, and today more and more men are adding their support to the women's movement. Men have a crucial role to play as fathers, friends, decision makers, and community and opinion leaders, in speaking out against violence against women and ensuring that priority attention is given to the issue. Importantly, men can provide positive role models for young men and boys, based on healthy models of masculinity.

As part of the growing effort to include men as part of the solution to ending violence against women, United Nations Secretary-General Ban Ki-moon launched his Network of Men Leaders. The Network supports the work of women around the world to defy destructive stereotypes, embrace equality, and inspire men and boys everywhere to speak out against violence.
 
The Leaders in this expanding Network – current and former politicians, civil society and youth activists, religious and community leaders, cultural figures and other prominent individuals – work in their spheres of influence to undertake specific actions to end violence against women, from raising public awareness, to advocating for adequate laws, to meeting with young men and boys, to holding governments accountable.
 
Reflecting the priority placed on ending violence against women and girls by the Secretary-General, the Network is just one initiative of his UNiTE to End Violence against Women campaign, which will run to 2015.
 
The Secretary-General launched the Network at UN Headquarters in New York on 24 November 2009, at the official observance of the 10th anniversary of the International Day for the Elimination of Violence against Women.

Fonte: ONU

Se envolva nessa campanha da ONU - UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres


UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres

"Qualquer forma de violência contra as mulheres tem que parar – desde o uso do estupro como arma de guerra até o uso da violência por um marido para aterrorizar sua esposa em casa."


VICE-SECRETÁRIA-GERAL ASHA-ROSE MIGIRO
 




 

REDE DE HOMENS LÍDERES - Pelo fim da violência contra as mulheres

"Os homens precisam ensinar aos demais que homens de verdade não violam ou oprimem as mulheres e que o lugar da mulher não é apenas em casa ou no campo, mas também em escolas, escritórios e salas de reuniões."
SECRETÁRIO-GERAL BAN KI-MOON
 
 

Rede de homens líderes

A participação de homens e meninos é fundamental para o fim da violência contra mulheres e meninas.
O Secretário-Geral Ban Ki-moon anunciou a formação de uma rede de homens líderes que vai trabalhar para inspirar os homens em toda parte através do seu compromisso de eliminar a violência contra mulheres e meninas.
O Secretário-Geral lançou a iniciativa em novembro de 2009, durante a celebração oficial do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, que ocorre desde então anualmente no dia 25 de novembro.
 
 
Fonte: ONU

25 de Novembro : Dia Internacional pelo FIM da VIOLÊNCIA contra as MULHERES


Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres

 
 
Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres
(23/11/2012)

Milhões de mulheres e meninas em todo o mundo são agredidas, espancadas, estupradas, mutiladas ou até mesmo assassinadas, atos que constituem violações atrozes dos direitos humanos. Do campo de batalha para a casa, nas ruas, na escola, no local de trabalho ou na sua comunidade, cerca de 70% das mulheres sofrem de violência física ou sexual em algum momento de sua vida. Um quarto de todas as mulheres grávidas é vítima de violência.

Muitas vezes, os agressores ficam impunes. Mulheres e meninas têm medo de falar por causa de uma cultura de impunidade. Devemos combater o sentimento de medo e vergonha que pune as vítimas, que já sofreram o crime e agora enfrentam o estigma. São os criminosos que devem se sentir desonrados, e não as suas vítimas.

A minha campanha UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres está atraindo e envolvendo governos, organizações internacionais, grupos da sociedade civil, meios de comunicação e cidadãos comuns. No ano passado, quando a UNA-se perguntou a jovens de todo o mundo como eles pretendiam ajudar a promover esta causa crítica, fiquei muito animado com as respostas. Muitos jovens pediram o fim da ignorância. Eles disseram que não devemos tolerar atitudes negativas. Eles exigiram que levantemos nossas vozes para promover os direitos humanos, e juntemos forças para ajudar as vítimas. Um jovem disse simplesmente que os meninos poderiam combater a violência contra as mulheres "crescendo para se tornarem pais responsáveis e maridos respeitadores."

A ONU está trabalhando em todas essas frentes. Estamos sensibilizando as pessoas através de programas de informação pública. O Fundo das Nações Unidas para Eliminar a Violência contra as Mulheres só este mês anunciou planos de desembolsar oito milhões de dólares para iniciativas locais em 18 países. Membros da crescente Rede de Homens Líderes estão fazendo face à violência através da sensibilização pública, defendendo melhores leis e a responsabilização dos governos.

À medida que construímos sobre estes esforços, devemos opor-nos fundamentalmente à cultura de discriminação que permite que a violência continue. Neste Dia Internacional, apelo a todos os governos que cumpram suas promessas para acabar com todas as formas de violência contra as mulheres e meninas em todas as partes do mundo, e exorto todos a apoiar este importante objetivo.

Ban Ki-moon
Secretário-Geral das Nações Unidas

Ex-Presidenta do Chile, Michelle Bachelet: "o tempo de tolerancia à violência contra as mulheres já acabou"

Michelle Bachelet: El Día Internacional de la Eliminación de la Violencia contra las Mujeres

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os custos da violência contra a mulher...

Custos da violência

A violência contra as Mulheres é um problema de saúde pública. Gera custos indirectos para toda a sociedade.


Custos económicos e sociais



A violência contra as Mulheres provoca um aumento de despesas com:

- Cuidados de saúde (hospitais, consultas de psiquiatria, medicação, etc.). As Mulheres que foram agredidas física e sexualmente são, em geral, utentes mais frequentes dos serviços de saúde.
- Solicitações aos tribunais e à polícia
- Serviços sociais (segurança social, refúgios, etc.)


Provoca ainda:

- Perdas em termos de produtividade, para as empresas
- Perdas de remuneração, para as Mulheres, devido a dias de faltas ao trabalho
- Perdas em termos de instrução, para as Crianças


Custos ao nível da saúde

Segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 1993, do Banco Mundial, as violações e a violência doméstica conduzem à perda de mais anos de vida saudável, entre as Mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 44 anos, do que o cancro da mama, o cancro do colo do útero, a obstrução no parto, a guerra ou os acidentes de viação.
(


Sessão Extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, “Mulher 2000: Igualdade entre os Sexos, Desenvolvimento e Paz, no Século XXI”)

“As consequências da violência de género são devastadoras. As sobreviventes conhecem, com frequência, um sofrimento emocional durante toda a vida, bem como problemas de saúde mental e de saúde reprodutiva. As Mulheres que foram alvo de abusos estão também expostas a um risco acrescido de contrair o VIH.”
(UNFPA, A situação da população mundial 2005, A promessa da Igualdade, Fundo das Nações Unidas para a População, 2005)


Em termos de saúde, destacamos algumas das consequências para as Mulheres:


- Físicas: fracturas, problemas gastrointestinais, enxaquecas, dores crónicas, hemorragias, aborto espontâneo, homicídio

- Sexuais: gravidezes não desejadas, doenças sexualmente transmissíveis, infertilidade, aborto espontâneo

- Psicológicas: depressão, ansiedade, insónias, fobias, baixa auto-estima, sintomas psicossomáticos, tentativas de suicídio


Referência bibliográfica

World Health Organization (2002),
The World Report on Violence and Health, Geneva: WHO Publications.

Walby Sylvia (2004),
The cost of domestic violence, Women & Equality Unit.


 

Sobre a violência contra a mulher...

 
Em 1993, na Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos que decorreu em Viena (Áustria), a comunidade internacional reconheceu que a violência contra as Mulheres é:


- uma violação grave dos Direitos Humanos

- uma forma de discriminação contra as Mulheres



Tanto as Nações Unidas como o Conselho da Europa consideram que a violência contra as Mulheres é um obstáculo à concretização da igualdade entre mulheres e homens, porque:

- decorre das relações de força desiguais entre mulheres e homens e conduz a uma discriminação grave contra o sexo feminino tanto na sociedade como na família;


- viola os direitos da pessoa humana e as suas liberdades fundamentais, impedindo de os exercer parcial ou totalmente;

- atenta contra a integridade física, psíquica e/ou sexual das Mulheres.


Fonte: AMVC - Associação de Mulheres Contra a Violência

Eliza Samúdio - Um importante caso na luta pela não violência contra a mulher

SPM acompanha julgamento do goleiro Bruno na segunda-feira (19/11), em MG

Data: 16/11/2012
Secretária de Enfrentamento à Violência espera justiça
 
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) irá acompanhar, in loco, o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro réus do caso envolvendo a suposta morte de Eliza Samudio, na próxima segunda-feira (19/11), em Contagem/MG. A secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Aparecida Gonçalves, e a defensora pública da União cedida para a SPM, Marta
Menezes, representarão a Secretaria.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a pedido da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que analisa o caso, marcou o júri popular no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Bruno, considerado o mandante do crime contra a ex-namorada Eliza Samudio, e Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, responderão por sequestro, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já Marcos Aparecido dos Santos, vulgo Bola, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro, será julgada pelos crimes de sequestro e cárcere privado contra o filho do goleiro com Samudio; e Fernanda Castro, ex-namorada dele, por sequestro e cárcere privado de Eliza e de seu filho.
Os envolvimentos de Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Sousa no crime serão analisados separadamente. A data do julgamento ainda não foi marcada.
“Esse julgamento é importante no combate à impunidade à violência contra as mulheres. A SPM aguarda que seja feita justiça”, declara a secretária Aparecida Gonçalves, que acompanhará o júri popular em seu primeiro dia. A defensora pública Marta Menezes, que na SPM é assessora jurídica da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – a Lei é mais forte” (http://www.brasil.gov.br/compromissoeatitude), estará presente ao evento durante toda a sua duração, numa parceria da SPM com a Defensoria Pública da União.
Campanha – Em parceria com o sistema judiciário, a SPM lançou a campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A Lei é mais forte”, em agosto passado. A intenção é combater a impunidade e acelerar os julgamentos nos processos relativos à violência contra a mulher.
São instituições parceiras da “Compromisso e Atitude” a SPM, o MJ, o Colégio Permanente dos Presidentes dos Tribunais de Justiça, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional dos Procuradores Gerais de Justiça, o Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais e o Conselho Nacional do Ministério Público.
Com essa união de esforços, a SPM pretende divulgar os instrumentos jurídicos e as estruturas do poder público destinados a prevenir e punir a violência contra a mulher e, dessa forma, reduzir a incidência desse tipo de crime.
Crime - Eliza Samudio teria sido morta por Bola, em junho de 2010, após seis dias de cativeiro, a mando de Bruno. O então goleiro do Flamengo estaria incomodado com o fato de Elisa querer que ele reconhecesse a paternidade do filho, inclusive com o exame de DNA. Bruno está preso há dois anos na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, no estado de Minas Gerais.
Fonte:
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPMPresidência da República – PR

Secretaria de Políticas para as Mulheres capacita profissionais no Sergipe

Em parceira com a SPM, Sergipe capacita profissionais da rede de atendimento às mulheres

Data: 20/11/2012
Pela primeira vez, formação será realizada e terá a participação de 480 profissionais, servidores e servidoras

Da Ascom/SE
O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) promoverá, de 26 a 28 de novembro, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a I Capacitação de Profissionais da Rede de Atendimento. O curso ocorrerá das 8h às 17h, no Auditório Atalaia do Centro de Convenções de Sergipe. Serão disponibilizadas 480 vagas.
A ação faz parte da programação da SEPM para a Campanha dos 16 Dias de Ativismo (25/11 a 10/12) e objetiva subsidiar com informações e orientações a rede de serviços especializados no atendimento e enfrentamento da violência contra a mulher. "Tornar a rede um referencial de qualidade em nosso estado, é um grande desafio", disse a secretária Maria Teles dos Santos.
Para promover a capacitação, a SEPM ainda contará com a parceria de outros órgãos do governo estadual. "O governo de Sergipe assinou em 2009 o Pacto pelo Enfrentamento da Violência contra a Mulher. Então temos que nos somar e de forma articulada fortalecer essa rede", explicou.
Ainda segundo Maria Teles, essa articulação atende os princípios e as diretrizes previstas na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), no Sistema Único de Saúde, no Sistema de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, tendo como princípio básico o acolhimento humanizado em todas as suas instâncias.
Capacitação – Profissionais, servidores e servidoras que atuam na Rede será o público alvo da capacitação. Dentre esses estão representantes das secretarias de Segurança Pública (delegados, polícias civil e militar, Corpo de Bombeiros, Escrivão, técnico e IML); Saúde (Rede Hospitalar, profissionais de Promoção à Saúde - DST/aids, Saúde da Mulher e Saúde da Família); Planejamento e Gestão (Ipes Saúde); Direitos Humanos; Inclusão Social (CREAS, CRAS e Fundação Renascer); Meio Ambiente; Trabalho; Turismo; Desenvolvimento Urbano; Casa Civil; Agricultura; Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia; , Justiça e Cidadania; Educação; Esporte e Lazer; Comunicação.
Também serão disponibilizadas vagas para as prefeituras da Grande Aracaju (CRAS, CREAS, UPAS, CREAMS e Secretarias Municipais); Tribunal de Justiça; Defensoria Pública (NUDEM); Polícia Federal; Coordenadorias Municipais de Políticas para as mulheres; Câmara Técnica de Enfrentamento à Violência contra a Mulher; Ministério Público e OAB/CDDM.
Programação - A programação terá início às 8h com o credenciamento. Às 10h30 ocorrerá a primeira palestra - "Situando a Violência contra a Mulher" - que será mediada pela secretária Maria Teles.
Ainda no dia 26, às 14h, mais duas palestras serão proferidas. "O que mudou com a Lei Maria da Penha" pela Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM)/OAB, professora Adélia Pessoa, e "Os Serviços de Saúde no Atendimento à Mulher Vítima de Violência" por Rogério Carvalho, médico e deputado federal. Serão mediadores dessas duas explanações a doutora em Educação/UFS, Maria Helena Santana Cruz, e a médica e secretária Adjunta da Saúde do Estado, Joélia Silva Santos.
Nos outros dois dias de capacitação novos temas serão explanados. Serão palestrantes desse período, a professora mestra em Direito, Andréa Depiri de Albuquerque, a professora doutora em Ciências Humanas, Patrícia Rosalba Salvador Moura Cruz, e a professora doutora em Educação, Maria Parecida Souza Couto. Também serão realizados grupos de trabalho e apresentação de grupos e das agendas de compromisso.
Fonte:
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR

terça-feira, 20 de novembro de 2012

“Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”

Nos 16 dias de Ativismo, Secretaria de Políticas para as Mulheres intensifica campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”

Data: 20/11/2012
Agenda inclui lançamentos da campanha nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e Santa Catarina. Programação faz parte das ações da SPM para os 16 Dias de Ativismo
 
campanha compromisso e atitude
 
A campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte” mobiliza, nos meses de novembro e dezembro, as cinco regiões do país com ações concentradas em seis estados: Alagoas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e Santa Catarina. Com lançamentos regionais, a iniciativa visa intensificar as ações de sensibilização do sistema de justiça para rigorosa aplicação da Lei Maria da Penha por meio da responsabilização de agressores.
 
O objetivo é unir e fortalecer os esforços em favor da celeridade nos julgamentos dos casos de violência contra as mulheres em programação coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). A campanha reúne o Ministério da Justiça, Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. 
 
Em 23 de novembro, será a vez do estado do Rio de Janeiro conhecer mais as ações previstas na campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha” voltada ao sistema de justiça. Em dezembro, nos dias 7 e 14 a mobilização chegará a Campo Grande (MS) e Curitiba (PR), respectivamente. Durante os lançamentos regionais haverá debate sobre a aplicação da Lei Maria da Penha e dos julgamentos de tribunais de júri de assassinatos de mulheres.
 
“Nosso objetivo é sensibilizar o sistema de justiça ao longo de novembro e meados de dezembro, meses em que há uma sensibilização internacional para a eliminação da violência contra as mulheres impulsionada pela campanha de 16 Dias de Ativismo”, explica a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da SPM, Aparecida Gonçalves.
 
Julgamentos emblemáticos – Desde segunda-feira (19/11), a coordenação da campanha acompanha in loco, como observadora, o julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro réus do caso envolvendo a suposta morte de Eliza Samudio.
 
“Esse julgamento é emblemático pela sucessão de violências a que Eliza Samudio foi submetida. Às vésperas do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, a justiça brasileira volta suas atenções para um dos casos que mais chocou o país nos últimos anos”, avalia Aparecida Gonçalves. 
 
A secretária lembra a recente decisão da justiça de Queimadas, na Paraíba, pela celeridade e pelo rigor com que os criminosos do estupro coletivo - que vitimaram de maneira fatal duas das cinco mulheres violentadas - foram julgados. Somadas as condenações, elas alcançam 184 anos para a maior parte dos criminosos, cujos crimes ocorreram em fevereiro passado. 
 
“Esses crimes tiveram comoção nacional pela crueldade com os atos foram premeditados e cometidos. A sentença da juíza Flávia Baptista Rocha é exemplar. O Brasil está de olho nos julgamentos de casos emblemáticos de violência contra as mulheres e na responsabilização dos agressores. Não é possível conviver com a impunidade”, completa a secretária Aparecida Gonçalves.
 
Mobilização país afora – Em 7 de novembro, em Porto Velho (RO), a campanha durante o 4º Encontro Nacional do Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid). No evento, a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da SPM, Aparecida Gonçalves, apresentou a campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte” e seus resultados de mobilização para operadoras e operadores de Direito e da sociedade em geral.
 
Em 12 de novembro, a campanha teve lançamento regional no Nordeste, em Maceió. E na segunda-feira passada (19/11), chegou ao Norte com lançamento em Belém. Os atos envolveram os sistemas de justiça das regiões.  
 
Responsabilização de agressores – Lançada nos seis anos da Lei Maria da Penha, a campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte” é uma ação de cidadania que busca mobilizar e engajar a sociedade no enfrentamento à impunidade e à violência contra a mulher. Foca suas atividades no envolvimento de operadoras e operadores de direito para responsabilização de agressores e assassinos de mulheres. Pretende, também, contribuir para uma percepção favorável da sociedade em relação ao Estado representado pelas instituições que compõem o sistema de justiça e o Poder Executivo em relação à efetiva aplicação da Lei Maria da Penha.
 
Resultados de comunicação - A primeira fase da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”, realizada no período de 7 a 18 de agosto, teve impacto em mais de 44 milhões de pessoas somente em mídia on-line (internet). Com anúncio em mídia televisiva em 14 emissoras de TV fechada, a campanha atingiu 19 milhões de telespectadores, sendo nove milhões de operadoras e operadores de direito. 
 
Em mídia gratuita televisiva, com anúncio publicitário concentrado em 8 de agosto, foram atingidas cerca de 50 milhões de pessoas. Nas ações voltadas à mídia cinema, no período de 10 a 16 de agosto, a campanha foi vista por quase 100 mil pessoas, sendo 20 mil operadoras e operadores de direito.  As informações sobre a repercussão da campanha foram fornecidas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, em meados de setembro.
 
Agenda SPM: 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra aa Mulheres
23/11/12 - Ação da Campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A Lei é mais forte”
Local: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
 
28/11/12 - Apresentação da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A Lei é mais forte” no III Encontro Nacional dos Ministérios Públicos: Lei Maria da Penha e a importância da atuação interdisciplinar (COPEVID)
Local: Florianópolis – Santa Catarina
 
07/12/12 - Lançamento regional da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A Lei é mais forte”
Local: Campo Grande - Mato Grosso do Sul
 
14/12/12 - Lançamento regional da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A Lei é mais forte”
Local: Curitiba - Paraná
 
Eventos realizados SPM
 
07/11/12 – Apresentação da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte” no 4º Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid)
Local: Porto Velho – Rondônia
 
12/11/12 – Lançamento regional da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”
Local: Maceió – Alagoas
 
19/11/12 – Lançamento regional da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”
Local: Belém - Pará
 
 
 
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR

 Fonte: Site da Secretaria de Políticas para as Mulheres

 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Violência sexual era usada como arma de poder por Gaddafi



MARCELO NINIODE JERUSALÉM
 
Mesmo para alguém familiarizado com o doentio repertório de abusos e atrocidades cometidos pelo ditador líbio Muammar Gaddafi em seus 42 anos no poder, o novo livro da jornalista francesa Annick Cojean é um soco no estômago.
 
Em "O Harém de Kadafi", que está sendo lançado no Brasil (ed. Verus), Cojean dá voz a Soraya, que conheceu por acaso nas ruas de Trípoli pouco após a morte do ditador, em outubro de 2011.
 
Escolhida numa visita de Gaddafi a sua escola quando tinha 15 anos, Soraya foi mantida até os 20 nos porões da fortaleza de Bab al Azizia, em Trípoli, sofrendo estupros diários e todo tipo de violência, para satisfazer o insaciável apetite sexual do ditador.
 
O detalhado e arrepiante relato de Soraya abriu para a repórter francesa o mundo oculto de perversões que vitimou centenas, talvez milhares de outras mulheres.
 
E revelou o segredo mais escondido do regime: na Líbia de Gaddafi, a violência sexual era arma de poder a serviço de um governo baseado no estupro e na coação.
 
Embalado por álcool e drogas, Gaddafi preferia virgens em suas orgias seguidas de cerimônias de magia negra, mas o sexo também era usado para humilhar desafetos e mantê-los sob controle.
 
Gostava de atrair filhas e mulheres de homens poderosos, forçou ministros a fazer sexo com ele e seduzia com joias e dinheiro mulheres de líderes africanos.

Em entrevista à Folha por telefone, de Paris, a repórter do diário "Le Monde" reviveu as histórias de horror das escravizadas por Gaddafi, refletiu sobre o silêncio coletivo que o manteve impune e confessou: "Foi a reportagem mais dolorosa que já fiz".

Folha - Seu livro descreve um verdadeiro sistema a serviço das perversões sexuais de Gaddafi. Como ele funcionava?
 
Annick Cojean - Gaddafi tinha muitos cúmplices que mantiveram esse sistema funcionando, trazendo mulheres para ele, na maioria muito jovens: 14, 15 e 16 anos.
 
Gaddafi aproveitava qualquer situação para conhecer meninas. Visitava escolas, universidades, ia a casamentos, festas particulares, encontros da Guarda Revolucionária. Ele criou um sistema em que elas eram convidadas a Bab al Azizia [a fortaleza em que ele vivia]. Meninas eram chamadas se tivessem algum problema, ou se um membro de sua família tivesse problemas. Havia todo tipo de desculpa para levá-las.
 
E há exemplos como o de Soraya. Gaddafi visitou sua escola e colocou a mão sobre a cabeça da menina. Esse era o sinal para seus guarda-costas de que ele a queria.
 
Gaddafi também dedicava grande parte de seu tempo a ver álbuns e filmes de casamento e de festas particulares para escolher meninas.
 
A maioria das meninas era virgem e entrava em estado de choque quando ele tentava fazer sexo com elas. As que colaboravam eram premiadas, geralmente com dinheiro e presentes.
 
Mas a maioria era estuprada e ficava profundamente traumatizada. Algumas eram levadas por uma semana, outras, por anos. Com Soraya, durou cinco anos; outra delas ficou mais de 30 anos. A partir do momento em que eram levadas, não tinham mais futuro. Haviam perdido a virgindade, e as famílias não as aceitavam de volta.
 
Com Soraya eu entendi como funcionava o sistema de escravas sexuais de Gaddafi e como era a vida em Bab al Azizia. Mas o que eu descobri depois em minha investigação foi além: além da perversão e do louco apetite sexual de Gaddafi, havia algo mais.
 
Sexo e estupro era seu modo de governar a Líbia. Foi chocante para mim. Eu sabia que na guerra civil o estupro fora usado como arma, com o incentivo e o planejamento de Gaddafi. Porém muito antes da guerra, e isso era totalmente secreto, estupro e sexo eram usados como forma de governar, de dominar.
 
A violência sexual era usada também por seus aliados?
 
Claro. Ele corrompeu a sociedade. Era uma corrupção moral e sexual. Os primos de Gaddafi e a alta cúpula do governo e do Exército tinham esse tipo de comportamento, mas sem o poder dele.
 
O sexo era usado por Gaddafi para punir e para premiar. Podia ser um líder tribal ou um ministro. Quando ele queria humilhar alguém, a melhor forma era fazendo sexo com sua mulher ou filha, às vezes ambas. Ele também fez sexo com ministros, para mantê-los sob seu domínio.
 
O mais incrível é que o silêncio em torno do assunto foi preservado. O tema seria sensível em qualquer sociedade, mas especialmente na Líbia, um país extremamente conservador e onde as pessoas não podiam contar o que passaram. O silêncio era o maior aliado de Gaddafi.
 
Ele usava as conferências de líderes na Líbia para caçar primeiras-damas. Para seduzi-las, oferecia fortunas em dinheiro e joias.

As meninas que ele atraía tinham algo em comum? Classe social, aparência física, origem, idade?
 
Não. Havia meninas pobres e ricas. Ele procurava meninas bonitas, mas precisava de duas por dia, então podiam ser de qualquer lugar. Ele preferia as virgens. Isso tinha a ver com cerimônias de magia negra, em que usava o sangue de virgens.
 
Mabruka Sharif, uma das mulheres mais próximas de Gaddafi e de fato a chefe do harém, que eles chamavam de "serviço especial", era adepta de magia negra. Ela ia a países africanos para convidar feiticeiros à Líbia. No momento em que essas meninas encontravam Mabruka, suas vidas estavam destruídas.

Como a sra. convenceu essas meninas a falar?
 
O meu objetivo era ajudar essas meninas a contar suas histórias, e tive a ajuda de líbios para convencê-las.
 
Com Soraya, surpreendentemente, não foi complicado. Encontrei-a por acaso, poucos dias após a morte de Gaddafi, e ela estava com raiva e queria que sua história se tornasse conhecida. Ela gostaria de ficar na Líbia, mas percebeu que, mesmo após a morte de Gaddafi, será difícil ter um futuro no país. E isso é extremamente injusto.
 
Já as outras estavam com muito medo de falar. É realmente uma questão de vida ou morte. O perigo vem de todo lado. São ameaçadas de sofrer o chamado "crime de honra" [justiçamento, geralmente feito pela própria família, para punir uma mulher que cometeu atos considerados imorais], ainda comum na Líbia, pelos gaddafistas, pelos salafistas [muçulmanos ultraconservadores] e também por alguns revolucionários, que as consideram prostitutas de Gaddafi que usufruíram do antigo regime.
 
Por isso escrevi o livro. Se a Líbia quer ter um futuro, precisa encarar seu passado. Para a situação das mulheres, a revolução não ajudou em nada. Centenas de mulheres foram levadas por Gaddafi e mantidas [como escravas]. Suas vidas foram completamente destruídas. Acho que milhares de mulheres foram violentadas por Gaddafi. E elas sofrem por isso até hoje.

Milhares?
 
Acho que sim. É impossível saber o número, mas ele ficou 42 anos no poder, e isso teve início quando ele assumiu. Levava mulheres de soldados à fortaleza e as violentava.
 
O famoso corpo de guarda-costas todo formado de mulheres era uma farsa? As "amazonas de Gaddafi" eram na verdade escravas sexuais?
 
Muitas eram. Algumas se formaram na academia militar, outras na escola de polícia. Mas a maioria era escrava sexual. Exatamente como Soraya, que dois dias após encontrar Gaddafi foi obrigada a vestir farda e integrar a equipe de guarda-costas.
 

Essa cena aconteceria se não fosse uma mulher como repórter?

domingo, 30 de setembro de 2012

Homicídio de Mulheres no Brasil - Atualização do Mapa da Violência 2012

(Instituto Sangari) Entrando no sexto ano de vigência da Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, o governo federal e o sistema de justiça do país unem esforços para aprofundar o enfrentamento da violência contra a mulher. Para colaborar com esse compromisso, CEBELA (Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos) e FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) divulgam uma atualização do Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil, incorporando os novos dados - de homicídios e de atendimentos via SUS, que no relatório anterior eram ainda preliminares - recentemente liberados pelo Ministério da Saúde.

Mais informações acesso o site: http://www.mapadaviolencia.org.br/index.php
 
 
 
 

Jogo de futebol durante reunião da ONU chama atenção para a violência contra a mulher

(Terra) Por pouco mais de uma hora e meia, o presidente da Bolívia, Evo Morales, assessores, diplomatas bolivianos e estrangeiros e funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) deixaram as formalidades de lado e disputaram nesta quarta-feira uma partida de futebol. O jogo ocorreu em Roosevelt Island, de frente para Manhattan, nos arredores do prédio principal no qual ocorria a 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
 
A partida acabou com um placar de 10 x 5. A equipe de Evo Morales foi a vitoriosa. O jogo foi organizado pelo Escritório para a América Latina e o Caribe da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
 
Segundo o presidente boliviano, o objetivo da partida é chamar a atenção contra a violência que afeta as mulheres em todo o mundo e especialmente na América Latina. Morales reclamou que ainda há resistências à participação das mulheres em vários setores da política e economia.
 
O pontapé inicial do jogo de futebol foi dado pela ex-presidenta do Chile e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet. A chilena destacou os esforços da Bolívia para combater o flagelo da violência contra as mulheres e a promulgação de uma lei específica sobre o tema.
"Na América Latina e no Caribe, mais de 40% das mulheres são vítimas de abuso físico e mais de 50% são psicologicamente abusadas. Em alguns países da América Central há pelo menos duas mulheres mortas por dia devido à violência por gênero", disse Bachelet.
 
O diretor do Pnud, Heraldo Munoz, elogiou o esporte como ferramenta de transmissão de mensagens. "O esporte pode ser um instrumento para a construção da paz e da compreensão entre as nações. Também é importante para unir a luta contra a violência contra as mulheres", disse ele.
 
Fonte: Agência Patrícia Galvão