sábado, 15 de outubro de 2011

Internautas 'procuram' homem que quebrou braço de jovem em boate

Estudante de 19 anos foi agredida depois de recusar beijo em uma casa noturna de Natal (RN)


Publicação: 14/10/2011 22:32 Atualização: 14/10/2011 23:26
Pelo Facebook, Rhanna mostrou o resultado da covardia (Reprodução/Facebook)
Pelo Facebook, Rhanna mostrou o resultado da covardia
Durante a última semana, os internautas promoveram uma verdadeira 'caçada' nas redes sociais contra o homem que teria quebrado o braço de uma jovem em uma boate localizada em Natal, no Rio Grande do Norte. O objetivo da corrente parece ser simples: divulgar a foto do suspeito na internet para que todos conheçam o rosto do agressor. Para se ter uma ideia do sucesso da empreitada, até a publicação desta reportagem, mais de 30 mil usuários já tinham compartilhado no Facebook o link que traz dados do suspeito. 

Embora não exista a confirmação de que as imagens divulgadas pela web são mesmo do homem que cometeu a covardia, o caso é verdadeiro. A estudante de direito Rhanna Diógenes, de 19 anos, estava na casa noturna com amigos e teve o braço quebrado em dois lugares depois de se recusar a dar um beijo no agressor. Ela precisou colocar 16 pinos e quatro placas de titânio no braço. "Espero poder dar o significado a cada uma", disse Rhanna em seu perfil no Facebook, se referindo às placas. 

Também pela rede social, a universitária agradeceu o apoio que recebeu na internet e disse que vai até o fim no processo. "Eu e meus familiares iremos até o fim com isso, para que a justiça do homem seja feita, na forma da lei, porque a de Deus será inevitável" disse Rhanna, que ainda completou: "na minha opinião o mundo é ruim não por causa de gente como R.L., mas sim de gente que o defende." A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Natal deve ouvir o agressor nos próximos dias sobre o ocorrido. As câmeras de segurança da boate gravaram o momento exato da covardia. Confira!!


Fonte: Portal Uai

domingo, 2 de outubro de 2011

Professor de direito mata aluna com três tiros no DF e leva corpo à delegacia





Publicação: 01/10/2011 09:41 Atualização: 01/10/2011 12:01

 (Antonio Cunha/CB/D.A Press)


O professor de direito do UniCeub e coordenador-adjunto da mesma cadeira na Faculdade Projeção Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, se entregou ontem na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) no Distrito Federal após matar a estudante Suênia Sousa Faria, 24. A jovem, que era aluna do 7º semestre do curso de direito no UniCeub, foi surpreendida por Rendrik quando entrava no carro para deixar a faculdade, na Asa Norte, por volta das 14h30. Segundo a polícia, ele teria entrado no veículo do marido da vítima, um Sandero prata (JGO-3522). Suênia chegou a gritar por socorro.De lá, eles seguiram pela Via Estrutural. De acordo com a polícia, a jovem teria ligado para o marido, informando que reataria o relacionamento com Rendrik. O marido, no entanto, estranhou o tom de voz da esposa, que estava muito nervosa e confusa. Ao desligar o telefone, ele seguiu até a 12ª DP (Taguatinga Centro) e registrou um boletim de ocorrência.Segundo o depoimento do professor, durante o percurso, na altura da Estrutural, os dois se desentenderam e ele disparou três vezes contra ela com uma pistola .380: duas na cabeça e uma no tórax. De acordo com a polícia, quando chegou à delegacia o professor relatou aos agentes ter rodado pela cidade com a estudante já morta. “Fiz uma besteira”, teria dito aos policiais. “Pode ser que ele tenha se apresentado espontaneamente pensando em reduzir a pena, mas como já existia um boletim de ocorrência (registrado pelo marido em Taguatinga), ele foi preso em flagrante”, afirmou o delegado-chefe da 27ª DP, Alexandre Nogueira.Ao Correio, a irmã da vítima, Silene Sousa Faria, 34 anos, contou que os dois tiveram um relacionamento amoroso durante dois meses, quando ela esteve separada do marido.



Separação


Há cerca de três meses, no entanto, a jovem reatou o casamento de três anos e dispensou Rendrik. Desde então, segundo Silene, ele passou a ameaçar a irmã de morte, por telefone e pessoalmente, e a enviar mensagens eletrônicas ao marido de Suênia contando detalhes do envolvimento que manteve com ela. 

Rendrik Vieira Rodrigues e Suênia Sousa Faria: após o fim do relacionamento, professor passou a ameaçar a jovem (Reprodução da Internet)
Rendrik Vieira Rodrigues e Suênia Sousa Faria: após o fim do relacionamento, professor passou a ameaçar a jovem
“Ele se apaixonou perdidamente por ela e não aceitava o término do relacionamento. Ele ligava direto, mas a minha irmã não atendia. Fez um inferno na vida dela e do marido”, conta a irmã.De acordo com familiares da vítima, as intimidações do professor assustaram a estudante, que passou a chegar à faculdade exatamente no horário das aulas e deixar a unidade assim que encerrava as atividade acadêmicas para evitar se encontrar com ele. “Ele falava que se a Suênia não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Ela fugia nos intervalos e ia embora logo no fim da aula”, relatou a irmã. Ontem, Silene pediu à operadora de celular o bloqueio das chamadas de Rendrik para o número da irmã.O advogado trabalha há cerca de um ano e meio na Faculdade Projeção. Atualmente, é coordenador-adjunto do curso de direito da unidade de Taguatinga. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição de ensino informou que, no exercício da profissão, Rendrik sempre foi um profissional “extremamente correto, como é de conhecimento de todos os alunos e colegas de trabalho”. A instituição lamentou o ocorrido, mas alegou que não comenta a vida privada dos funcionários. A reportagem não obteve retorno da assessoria de imprensa do UniCeub.

Crimes bárbaros


Em 26 de junho de 2008, o cabo do Corpo de Bombeiros Antônio Glauber Evaristo Melo chamou a professora Josiene Azevedo de Carvalho para jantar em um restaurante mexicano, na 215 Sul. Por volta das 19h30, ele buscou a vítima na Área Octogonal Sul 7. Após o encontro, os dois retornaram para a casa de Josiene, onde ele parou o carro, um Golf, em frente ao bloco da educadora. Lá, 
 (Arquivo pessoal )
insistiu para que ela reatasse o namoro. Diante das recusas da ex-namorada, o bombeiro pegou um revólver e atirou na cabeça dela. Josiene morreu na hora. Segundo familiares da vítima, ela queria terminar o namoro com o bombeiro desde 2006, mas postergava a decisão devido às ameaças que recebia. Depois de matar a jovem, o cabo entregou o corpo da vítima na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), onde confessou o crime. Em setembro de 2009, o bombeiro acabou condenado a 19 anos e seis meses de prisão.Em 2 de dezembro de 2005, um crime praticado no estacionamento do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) da Asa Sul tirou a vida do professor de relações internacionais Elídio José Oliveira Gonçalves. Ele tinha 51 anos. O acusado do assassinato, João Xavier Ribeiro Filho, também atirou contra a própria mulher, Roseni Pereira de Miranda, que resistiu aos ferimentos. João e Roseni eram casados, mas estavam em processo de separação. Em 2006, João Xavier acabou condenado a 19 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.Suênia morava em Águas Claras e sonhava em ser delegada. Natural de Pombal (PB), chegou a Brasília aos 3 anos e era a caçula de quatro irmãos.

Fonte: Correio Braziliense via Portal UAI

Comentário:

Seria mais uma das histórias do grande Nelson Rodrigues em "A vida como ela é"? Receio que não. Infelizmente esse drama é fruto da arte de escrever do grande autor. Os crimes macabros relatados nessa matéria afirma duas características da violência contra a mulher. A primeira é que mulheres que convivem em um ciclo social de conhecimento intelectual elevado também podem sofrem algum tipo de violência de gênero. A segunda característica é que esse tipo de violência também afligem e fataliza mulheres que se encontram em condições econômicas favoráveis. O que inspiraria, acredito, um trágico romance de Nelson Rodrigues, seria o contraste entre o perfil dos agressores e o desfecho de seus conflitos amorosos. Um advogado e um bombeiro militar, um defende o direito, o outro salva vidas. Inevitavelmente o professor e advogado usou de sua eloquência para ensinar a preservação da vida quando, em algum momento, fez referência ao Artigo 5º da C.F. Não irei aqui discorrer sobre o obrigatório ensino da Lei Maria da Penha. Realizar o resgate de vidas nas mais variadas circunstâncias, inclusive de graves agressões decorrentes da violência doméstica, é a rotina de um bombeiro do Corpo de Bombeiros Militar. Sendo tão preparados e cientes dos papéis que se dispuseram a assumir na sociedade, esses homens causaram a tragédia de duas famílias ao entregar os corpos das mulheres que, diziam eles, amavam, na porta de uma delegacia. Seria esse iniciativa um ato de desespero ou um ato de vingança machista, cruel e egoísta?

André Silva