terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma homenagem à Ana Carolina de Menezes e a todas as mulheres


O objetivo desse blog é fazer com que a cada dia mais pessoas escutem o grito de Ana. É um blog-militância, blog-campanha, blog-bandeira....enfim, é um esforço permanente...

Uma homenagem à vida de Ana Carolina de Menezes, 27, administradora de empresas, casada e mãe de um filho vitimada no dia 17 de abril de 2009 em Belo Horizonte.

domingo, 20 de setembro de 2009

Bateu uma vez, bateu outra vez...na terceira é suspeito de ter matado...

Ex-marido é suspeito de matar empresária em BH
Pedro Ferreira - Estado de Minas

O ex-marido é o principal suspeito de ter estrangulado a empresária Maria Helena Lopes Aguiar, de 48 anos, encontrada morta no banco traseiro do seu Punto na tarde de quinta-feira, perto de um motel do Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte. O caminhoneiro F.A.A., de 55, negou o crime e apresentou um álibi, mas está sendo investigado. Dona de duas lojas de confecções no Barro Preto, Região Centro-Sul de BH, ela foi estrangulada com um cinto de segurança. Maria Helena estava desaparecida desde a noite anterior.
O corpo da vítima estava vestido e não havia sinais de violência sexual. Nada foi roubado, mas a família deu falta do telefone celular. No carro a polícia encontrou bolo, biscoito e doces caídos debaixo dos bancos, um talão de faixa azul com data de quarta-feira, marcando 17h30. Comprovantes de venda da loja registraram o horário de 18h38, também da quarta-feira. Às 19h, testemunhas a viram indo embora.
Um sobrinho da vítima disse à polícia que a empresária estava há seis anos separada do ex-marido e que a relação dos dois era conturbada. Um filho do casal também foi ouvido e disse que a última briga dos pais foi há um mês, quando ele expulsou o caminhoneiro da sua casa, por ter ameaçado sua mãe.Horas depois do encontro do corpo, o caminhoneiro foi localizado internado numa Unidade de Atendimento Imediato (UAI) do Bairro Chácara, em Betim, na Grande BH. Segundo os médicos, ele deu entrada reclamando de fortes dores abdominais e com a pressão arterial irregular.
Ao ser informado por um policial da morte da ex-mulher, o caminhoneiro chorou, demonstrando desespero, segundo os investigadores. Ele contou que havia chegado de viagem às 17h de quarta-feira e foi direto para a garagem da transportadora onde trabalha. Disse que assistiu pela TV no caminhão ao jogo entre Atlético e Goiás e dormiu no próprio veiculo, mesmo tendo um apartamento a poucos quarteirões da garagem. Ele contou que, às 5h, passou mal e foi socorrido por um amigo.
O caminhoneiro disse que tinha um bom relacionamento com a ex-mulher, mas, diante do que os policiais já haviam apurado, ele admitiu que brigava com ela, mas que também era agredido. O caminhoneiro já tem duas passagens pela polícia, uma em 1986 por lesões corporais, outra em 2000, por ameaças, tendo como vítima a própria Maria Helena.
Fonte: Portal Uai

Família destruída pela violência contra a mulher...

Filho defende a mãe e mata o pai a facada
Marcos Avellar - Estado de Minas
Cansado de assistir passivamente às brigas entre os pais, Wilson Machado de Almeida, de 22 anos, tentou, na sexta-feira, defender a mãe e assassinou o próprio pai, Marcos Antônio de Almeida, de 44 anos, com uma facada. O crime ocorreu dentro da casa da família, no Bairro Bela Vista, na periferia de Sete Lagoas, Região Central do estado. O jovem foi preso e autuado em flagrante.
Os relatos são de que, por volta de meia-noite, o casal começou mais briga por ciúmes. Com os ânimos exaltados, o filho teria tentado defender a mãe, Maria Ilza Soares Machado, no momento em que o pai pegou um pedaço de madeira para ameaçá-los. Wilson enfrentou o pai com uma faca e desferiu apenas um golpe, logo abaixo do pescoço, na região da clavícula. Marcos Antônio ainda teria ido até os fundos da casa para pegar um machado, mas perdeu os sentidos e caiu. O Samu foi chamado, mas constatou a morte.
Fonte: Portal Uai

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Intolerância, despreparo e irracionalidade com a fragilidade de uma mulher

Soldado agride mulher e acaba preso por porte ilegal de arma
salvador 15.06.2009 - 19h37
Redação CORREIO
O soldado da Polícia militar Rogenilson Vieira Santos da Cruz, lotado na 40ª Companhia Independente, foi preso por agredir com uma pistola uma mulher que fazia a travessia Mar Grande-Salvador no domingo (14).

A agressão ocorreu por volta das 16h quando a embarcação estava nas proximidades do Forte de São Marcelo e a passageira começou a gritar com medo que ocorresse um acidente.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o soldado estava embriagado e, irritado com o comportamento da mulher, pegou a pistola e deu coronhas nela. Ainda de acordo com a SSP, Rogenilson Vieira ameaçou jogar a passageira no mar.

Ao desembarcar no terminal marítimo, na Avenida da França, em Salvador, a vítima registrou queixa na 3ª Delegacia. O soldado foi autuado por porte ilegal de arma e, em seguida, encaminhado para o Batalhão de Choque em Lauro de Freitas, onde está preso. A pistola calibre 380 foi aprendida.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O irracional!!!

Ex-PM é preso acusado de matar ex-mulher em SP
Agência Estado

O autônomo e ex-policial militar Carlos Augusto Fernandes, 39 anos, foi preso na madrugada de hoje em Cosmópolis, após matar a ex-mulher com ao menos quatro tiros. De acordo com informações da Polícia Civil de Cosmópolis, o homem não aceitava o fim do casamento com a vítima, a funcionária pública Raquel Fernandes, 42 anos. Ontem, eles se encontrariam em uma audiência no fórum da cidade. Fernandes e Raquel ficaram, segundo a polícia, cinco anos casados e estavam separados havia ao menos quatro meses. Ele já havia sido denunciado pela ex-mulher por ameaça.
Por volta de 15h30 de segunda-feira, antes da audiência, os dois se encontraram no centro da cidade. Após uma discussão, Fernandes atirou contra Raquel, que foi socorrida a um hospital da cidade, mas não resistiu e morreu. O suspeito caminhou três quarteirões até a delegacia com a arma apontada para o pescoço e ameaçava se matar.Após uma negociação que durou até 0h30 de hoje, policiais militares e civis conseguiram que Fernandes entregasse a arma. Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM de São Paulo foram chamados para ajudar a negociar a rendição. O autônomo foi preso em flagrante por homicídio doloso e aguardava transferência nesta terça-feira, na delegacia de Cosmópolis.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito e deverá ouvir testemunhas e parentes do suspeito e da vítima. Segundo informou a Polícia Civil, Fernandes foi policial militar durante seis meses há aproximadamente 20 anos e também chefiou a Guarda Municipal de Cosmópolis na década de 1990.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Comentário: A agressão contra a mulher reforçado pela família...

Jovens britânicas, em pesquisa, afirmam que já foram agredidas pelo namorado e um avô é preso acusado de estuprar a neta no interior de Minas Gerais. A violência contra a mulher é um crime internacional, globalizado, local e "residêncial". Seja o estupro, seja um tapa no rosto, seja uma humilhação, seja uma calúnia ou uma difamação entre as relações de gênero, seja qual for a forma da agressão feita contra a mulher, nesses dois casos reportados e publicados nesse blog, o ponto preocupante foi a consiência em duas gerações bem distântes de que se pode agredir uma mulher. O avô que abusou da neta foi ontem o namorado e o esposo que provavelmente violentou a namorada, a esposa, a amante ou a prostituta. O jovem que agride sua namorada provavelmente será o marido, o pai e o avô que abusará de outras mulheres quando e se chegar na terceira idade. Seria a cultura de que bater em mulher não é violência que é passada de pai para filho? Seria a falta de instrução familiar em educar os meninos? O que acontece nas relações familiares que esse modelo de violência se repete? São questões para se refletir e se estudar.
André Silva

Um crime que merece todo o destaque. Inaceitável!!

Avô é preso suspeito de estuprar a neta



Fonte: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/09/10/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=126737/em_noticia_interna.shtml

Muitas Ana´s tiveram que morrer para essa reforma acontecer...

A Lei nº 12.015, de 7/8/2009, modifica diversos artigos do Código Penal referentes aos crimes sexuais, como estupro, assédio sexual, atentado ao pudor, exploração sexual e tráfico de pessoas. Realmente, precisávamos aprimorar os dispositivos que regem o assunto, corrigindo distorções antigas que tratavam homens e mulheres de forma diversa e muito desigual.
Anteriormente, a mulher figurava como potencial vítima na grande maioria dos delitos previstos na lei. O Título VI do Código Penal de 1940, que cuidava do assunto em tela, chamava-se Dos Crimes Contra os Costumes, reduzindo a sexualidade feminina a meros padrões morais ultrapassados. Agora a abordagem passou a ser mais equitativa em termos de gênero e, então, mudou-se a denominação do Título VI para Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual, o que já é um passo no sentido do respeito aos direitos humanos.
O crime de estupro (artigo 213 do Código Penal), anteriormente definido como "constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça", passou a ter redação de maior abrangência, equiparando homens e mulheres no polo passivo do delito, a saber: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso." A pena continua a mesma, reclusão de 6 a 10 anos, mas há um parágrafo que aumenta a pena para de 8 a 12 anos se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima for menor de 18 anos e maior de 14 anos. No entanto, se da violência praticada resultar a morte, a pena será de 12 a 30 anos.
Cabe observar, a respeito dessas alterações, que o artigo 213 do Código Penal, embora tenha acertado ao determinar que tanto o homem quanto a mulher podem ser vítimas do delito (antes só a mulher poderia ser vítima de estupro), cometeu o exagero de considerar igualmente grave a prática de qualquer "outro ato libidinoso". Ora, esse era o grande equívoco do revogado artigo 214 do código, que considerava atentado violento ao pudor, com pena mínima de 6 anos, a prática de quaisquer atos libidinosos diversos da conjunção carnal (conjunção carnal é o ato sexual vaginal). A nova lei, em vez de corrigir esse excesso de abrangência e separar as condutas, acabou repetindo a frase que abarca tudo, punindo com 6 anos de reclusão, no mínimo, um beijo lascivo, por exemplo. Talvez a intenção do legislador tenha sido equiparar ao estupro a relação sexual oral e anal, da qual o homem também pode ser vítima, mas teria sido preferível dar às coisas o nome que as coisas têm, em lugar de camuflá-las com uma linguagem imprecisa e demasiado abrangente, geradora de possíveis injustiças. Sim, porque não vejo juízes aplicando 6 anos de reclusão, em regime inicial fechado, a um sujeito que tenha atacado uma mulher aos beijos e afagos apenas. A sociedade merece ser protegida desse tipo de agressor, que, em geral, é compulsivo e pratica delitos em série, podendo facilmente evoluir de atos libidinosos de menor gravidade para o estupro.
Em relação à ação penal também houve modificação, porém não exatamente a que esperávamos. É que, anteriormente, a ação penal relativa aos crimes contra os costumes era, em regra, privada - ou seja, nos casos de estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, rapto e outros delitos desse teor, era de iniciativa exclusiva da vítima, com algumas exceções. Assim, a mulher de classe média, com possibilidade de pagar para processar seu agressor, não podia contar com a atuação do Ministério Público para dar início à ação penal. Por essa razão se afigurava urgente modificar esse dispositivo, para que fosse estabelecida a ação penal pública incondicionada no caso de crime sexual.
A nova lei, porém, não trouxe essa inovação, ficando no meio-termo: determina que a ação penal seja pública, porém condicionada a representação. Tal alteração não satisfaz, porque cria dificuldades na apuração dos fatos e supõe que, para a vítima de crime sexual, denunciar seu agressor possa ser um constrangimento pelo qual talvez não queira passar. Assim, deixa a seu critério pedir a propositura da ação. Essa concepção é do tempo em que a sociedade não aceitava os direitos sexuais femininos. Por isso a decisão de exigir a "representação" para autorizar que o Estado investigue e processe seu agressor é arcaica e burocrática. Outro problema da representação é o prazo decadencial de seis meses. Se a vítima não acionar a Justiça nesse prazo, perde o direito de fazê-lo. Por vezes é preciso mais tempo do que seis meses para que a vítima se recupere do trauma e perceba a importância de punir seu agressor. Enfim, é de lamentar que a nova lei não tenha ido mais longe para amparar com maior eficiência as vítimas de crimes sexuais. Mesmo porque é de interesse social que isso ocorra. A decisão de processar não pode ficar a critério da vontade individual.
Por fim, a nova lei traz a novidade de criar a figura do crime de estupro contra "pessoas vulneráveis", definidas como menores de 14 anos ou portadoras de deficiência mental ou enfermidade ou condição que as impeça de reagir. Nesse caso, a pena é mais alta, passando para de 8 a 15 anos de reclusão. Tal dispositivo (artigo 217-A da Lei nº 12.015/2009) pode criar mais problemas do que solucioná-los. Além de a pena ser muito alta, o deficiente mental fica impedido de manter relação sexual. Verifica-se, portanto, que houve recrudescimento de penas e a tipificação de novas modalidades de agressão sexual. No caso de estupro de vulnerável, a ação penal é pública incondicionada. Os processos em que forem apurados os crimes sexuais deverão correr em segredo de Justiça.
A nova lei foi um avanço, embora apresente alguns problemas que deverão ser resolvidos pela jurisprudência. Luiza Nagib Eluf, procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, ex-secretária nacional dos Direitos da Cidadania, é autora, entre outros, dos livros A Paixão no Banco dos Réus e Matar ou Morrer - o Caso Euclides da CunhaSite: www.luizanagibeluf.com.br
---Publiado em O Estado de S.Paulo (SP), 31/08/09.

Dados preocupantes....

Segundo o estudo, um terço delas já se submeteu a ato sexual indesejado.
Um terço das adolescentes britânicas se submeteu a atos sexuais indesejados durante relacionamentos e 25% foi alvo de violência nas mãos do namorado, segundo uma pesquisa. O estudo foi realizado conjuntamente pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e pela NSPCC, entidade beneficente britânica que trabalha para prevenir atos de crueldade contra crianças. Ao todo, 1.353 jovens com idades entre 13 e 17 anos participaram da pesquisa. Destes, 91 foram entrevistados de forma mais aprofundada. Entre as meninas participantes, 90% já haviam tido relações íntimas com o namorado. Deste grupo, uma em seis disse ter sido pressionada pelo namorado para ter relações sexuais e uma em 16 disse ter sido estuprada. Um quarto sofreu violência física, recebendo tapas, socos ou surras do parceiro. ''Normal'' No que diz respeito à atividade sexual, as estatísticas são bastante diferentes no caso dos meninos. Nove entre dez meninos entrevistados disseram ter tido relacionamentos íntimos. Destes, um em cada 17 disse ter sido pressionado ou forçado a manter relações sexuais. A pesquisa revelou, no entanto, que não apenas jovens do sexo feminino sofrem com a violência nos relacionamentos - um em cada cinco meninos britânicos também diz que sofreu agressão física nessas situações. Por outro lado, as meninas tendem a sofrer mais com os tipos de comportamento revelados pelo estudo. Mais de 75% acharam que eles são prejudiciais, em comparação com apenas 10% dos meninos. O estudo revelou que relacionamentos onde há comportamentos abusivos tendem a acontecer mais vezes na vida da menina e quando ela é mais jovem. Ao contrário dos meninos, as meninas tendem a achar que não têm escolha e toleram o abuso porque sentem medo, culpa, ou porque temem perder o namorado. A pesquisa também revela que ter parceiros mais velhos e uma família onde há comportamentos violentos aumenta o risco para as meninas. Entre os meninos participantes, os que tinham amigos violentos apresentaram mais chances de ser vítima de violência, ou ser violentos, em um relacionamento. Um dos autores do relatório, David Berridge, da Universidade de Bristol, disse ter ficado chocado com os resultados. "Os índices altos de violência e seu impacto ruim sobre os relacionamentos íntimos dos adolescentes, especialmente para as meninas, é estarrecedor", disse. "Foi chocante descobrir que a exploração e a violência nos relacionamentos começa tão cedo. Este é um problema sério que precisa ser priorizado por políticos e profissionais", recomendou Berridge.
BBC Brasil
---Publicado por O Estado de S.Paulo (SP), 01/09/09.

Mais proteçãom para Ana

Violência doméstica poderá ser apurada sem denúncia da vítima - Agência Câmara (DF) 04/09/09


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5297/09, da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), que altera a Lei Maria da Penha (11.340/06) para determinar que a apuração do crime de violência doméstica e familiar contra a mulher será feita independentemente de denúncia da vítima. Ou seja, o Estado terá que apurar a ocorrência e punir o agressor mesmo que a mulher não se disponha a denunciá-lo.Em vigor desde 2006, a Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher e prevê medidas de assistência e proteção às vítimas.Em termos jurídicos, o projeto estabelece que o crime previsto na Lei Maria da Penha motivará uma "ação penal pública incondicionada". O objetivo da proposta, segundo a deputada, é modificar a compreensão de diversos juízes brasileiros, que estariam condicionando o julgamento do agressor à efetiva representação da vítima.Em março passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as vítimas de violência doméstica só têm a proteção do Estado se denunciarem pessoalmente o agressor. Para a deputada, decisões como essas vão contra o espírito da Lei Maria da Penha."Exigir que a mulher, para ver seu agressor punido, tenha que ir em juízo manifestar expressamente esse desejo somente contribui para atrasar ou mesmo inviabilizar a prestação jurisdicional, fragilizando as vítimas e desencorajando-as a processar o agressor", diz Dalva Figueiredo.

Ameaça e lesão leveO projeto estabelece que a representação da mulher só será exigida nos casos de ameaça ou de lesões leves ou culposas. Nessas situações, a dispensa da representação só será permitida após audiência com o juiz da ação, antes do recebimento da denúncia, e desde que ouvido o Ministério Público.

TramitaçãoO projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-5297/2009

Fonte:http://www.violenciamulher.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1828:violencia-domestica-podera-ser-apurada-sem-denuncia-da-vitima-agencia-camara-df-040909&catid=13:noticias&Itemid=7

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Triste realidade do SUS

Metade das mulheres que usa o SUS já sofreu violência
Por Da Redação - agenusp@usp.br Publicado em 27/agosto/2009
Rosemeire Soares Talamone, do Serviço de Comunicação Social do campus de Ribeirão Preto

Violência contra a mulher não ocorre isoladamente
O Grupo de Pesquisa Saúde e Gênero, da USP Ribeirão Preto, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, realizou um mapa inédito sobre a violência contra as mulheres na cidade. A pesquisa foi feita com usuárias do serviço de saúde da rede pública e revelou, por exemplo, que a prevalência da violência cometida pelo parceiro íntimo é alta entre as usuárias do Serviço Único de Saúde (SUS) de Ribeirão Preto chegando a atingir 50% das mulheres no caso de violência psicológica pelo menos uma vez na vida.
O estudo Ocorrência e atendimento de violência de gênero entre mulheres usuárias dos serviços de saúde da rede pública de Ribeirão Preto revelou que os tipos de violência contra a mulher usuária do SUS raramente ocorrem de forma isolada e apresentam alta prevalência, considerando que 36,4% das entrevistadas disseram ter sofrido violência física e psicológica pelo menos uma vez na vida. A violência física foi citada por 31,2%.
A pesquisa começou em 2006 com o objetivo de levantar subsídios que possam ser usados para diminuir a invisibilidade da violência contra a mulher (VCM), além de contribuir para definir políticas de capacitação dos profissionais de saúde e promover melhor articulação entre os setores sociais envolvidos com o tema. A coleta de dados foi realizada em 2008. A amostra final, constituída aleatoriamente, foi composta por 504 mulheres, 80% das quais iam sempre à Unidade Básica de Saúde, UBDS.
A coordenação foi da professora Elisabeth Meloni Vieira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Participaram também os professores Ana Maria de Almeida e Ana Márcia Nakano, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), Manoel Antônio dos Santos, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) e Gleici de Castro Perdoná, da FMRP.
O projeto teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do Convênio FAPESP-CNPq-SUS na Linha Temática: Programas, Práticas e Ações de Saúde-CNPq/FAPESP.
O resultado da pesquisa foi apresentado pela professora Elisabeth na última segunda-feira (24) durante o “Seminário sobre Violência Contra a Mulher: ‘O que pode fazer a Atenção Primária?’”, promovido pelo Grupo de Pesquisa Saúde e Gênero e Secretaria Municipal de Saúde, e que ocorreu na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP).
Com informações do professor Manoel Antonio dos Santos

Mais informações: (16) 3602-2538, com o professor Manoel Antonio dos Santos

Dica de Livro: Diário de um inferno conjugal – A tortura psicológica como violência doméstica


Trago aqui uma dica de um livro muito importante escrito por Dulce Cardoso, que conta uma história triste, mas real, muito real de sua vida. Situação essa que com certeza encontra eco em milhões de mulheres mundo afora. Leiam a sinopse:
A edição deste diário tem como finalidade, alertar as mulheres que são, diariamente, torturadas psicologicamente pelos seus companheiros, que têm uma saída, que há esperança numa vida digna, que têm direitos e devem de lutar por eles e que, principalmente para os filhos, não é justo assistirem aos maus tratos infligidos à mãe.
Neste diário eu relato o que foi a minha vida enquanto vivi com o homem que me jurou amor e respeito e que, lentamente, como um predador cerca a sua presa, foi me envolvendo na sua teia de mentiras, ofensas, humilhações…
Um homem que, quando nos conhecemos e até eu ficar grávida, por ser vontade de ambos, era meigo, dedicado e compreensivo, apesar dos vícios de álcool e canabis. Que, para que eu casasse com ele, jurou deixar os vícios, o que cumpriu até ao dia em que soube que eu estava grávida. A partir daí, transformou-se, lentamente, num homem possessivo, manipulador, controlador, ciumento e ofensivo. Deixou, finalmente, cair a mascara de bom samaritano, por trás da qual se escondia e mostrou a sua verdadeira cara: Um monstro!



Diário de um inferno conjugal – A tortura psicológica como violência doméstica

Autora: Dulce Cardoso

Páginas: 100Preço

Livro Virtual (Alugar): R$ 8,79

Preço Edição Impressa (Comprar): R$ 29,31

O grito de Ana na campanha: Quebrando o Silêncio







No blog: http://www.pensaurb.blogspot.com/ que já vinha com a campanha “Doe um sorriso”, faz um paralelo e resolve participar de uma campanha contra violência, o que não deixa de ser um pedido de sorriso. Mas um pedido diferente, um sorriso constante, dentro dos lares e da vida das pessoas.
Venho hoje, por meio desta, escrever sobre violência. E nesta campanha, desejo doar corpo, alma e mente.
Ora, e não somos todos vitimas da violência? Sim caros leitores, somos todos vitimas de certas violências. Quem mora em São Paulo, percebe a violência visual e sonora, sem contar nas tantas outras violências. E é de uma, entre tantas outras, que venho comentar.
É a violência doméstica, íntima. A violência quando se dá dentro de casa, torna-se segredo, é muito raro comentar sobre essa violência, porque se torna comum, rotineiro.
A criança que sofre um abuso, não sabe que é incomum ser abusada. Nenhum de seus colegas comenta a respeito, com o passar do tempo, descobre a discrepância que é, e pela vergonha sofrida, não comenta, não denuncia. É um segredo, é entre ele e o agressor, falar sobre o assunto só reabre uma ferida antiga.
E não apenas casos de crianças, vimos há pouco tempo nosso digníssimo Dr. Abdelmassih ser desmascarado após constantes violências. Mas essa não era doméstica.
Não obstante a esse fato monstruoso, gostaria de compartilhar uma experiência própria: meus pais se separaram muito cedo para mim, e talvez muito tarde para eles, enfim, o caso é que minha mãe resolveu casar-se novamente. Fico feliz que ela tenha recomeçado a vida, o que eu mais quero, e queria na época, é a felicidade dela. Após alguns meses, como é natural, meu padrasto veio morar conosco. Até então não achei ruim, tentei prezar o companheirismo entre nós. Comigo o companheirismo realmente prevalecia, mas aquele homem cometeu uma violência diferenciada para comigo, por vezes que não sei dizer quantas, ele espancava minha mãe. A violência já não era apenas contra ela, era contra mim, me tornou uma criança cheia de medos e traumas. Houve vezes que minha mãe ia para o hospital, outras ela se tratava em casa mesmo. Pergunto-me sempre: que direito ele tinha sobre minha mãe? E que direito ela o deixava ter?
Não sou religiosa, mas por motivos próprios, li um livro chamado “Quem me roubou de mim” do Padre Fabio de Melo, nesse livro ele fala das inúmeras formas de sequestro que uma pessoa pode fazer com outra pessoa. Uma delas é a mais conhecida o sequestro de corpo, mas existe a de alma. Aquele que o agressor aprisiona a outra por medo ou chantagem. Era o meu caso, era o caso da minha mãe.
Certas marcas ficam para sempre. Imagens que eu não vou esquecer, mas não faço delas imagens de lamentações, vejo nelas força para lutar contra a violência doméstica, a violência contra as mulheres.
Vamos quebrar o silêncio!
Fonte: Blog "Pensamentos Urbanos"

sábado, 5 de setembro de 2009

Boas iniciativas...


Cidades seguras para as mulheres


Qual mulher, ao atravessar um parque vazio e escuro à noite, não sentiu medo de ser atacada? De acordo com as líderes do programa "Cidades sem violência para as mulheres, cidades seguras para todos", implementado há três anos em Santiago do Chile, Bogotá (Colômbia), Rosario (Argentina) e Recife (Brasil) e há um ano em cidades de El Salvador e da Guatemala, são muitas as mulheres que deixam de circular durante a noite por medo da violência urbana.
E quantas dessas mulheres não acham que esta situação, comum nas cidades modernas, viola seus direitos fundamentais como cidadãs e é uma forma de violência de gênero que limita suas posibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional?
Dar-se conta de que “o normal” não é tão normal assim, é um dos principais obejtivos do programa implementado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) e articulado na América Latina pela Red Mujer y Hábitat, que integra um grande número de organizações de mulheres no continente. Conseguir influenciar as agendas locais para a construção de políticas urbanas equitativas é a outra grande conquista que surge como consequência do empoderamento das mulheres.
“Uma das jovens estudantes com as quais trabalhamos na localidade de Suba, em Bogotá, na Colômbia, depois de um exercício de mapeamento dos lugares inseguros de seu bairro nos dísse: ‘esta é a primeira vez que me dou conta de que chegar à noite em minha casa com segurança é um direito”, recorda Lucy Cardona, da Associación de Vivienda Popular, uma das organizações que desenvolve o programa no país.
A idéia de trabalhar pela diminuição da violência que afeta especificamente as mulheres nas cidades surgiu da observação. “Ao ver que as mulheres não saem, não levam os filhos para os parques e vivem em uma espécie de enclausuramento, somado à violência intrafamiliar que reforça o medo, vimos a necessidade de fazer com que as mulheres se apropiassem de sua cidade”, explica Olga Segovia, da Unifem Brasil.
Esquinas desertas, parques sem iluminação, rotas de ônibus deficientes durante a noite, homens consumindo bebidas alcoólicas e drogas são aspectos apontados pelas mulheres como ameaças. Liliana Rainero, representante da Rede na Argentina, explica que a organização da cidade, a distância dos serviços e a disponibilidade de transporte público afetam de maneira substancial a vida de mulheres e homens.
"A insegurança ou a segurança constituem atributos do espaço físico e, para as mulheres é um dos obstáculos mais relevantes que hoje existem na vida das cidades, onde, ao medo generalizado, se soma o medo da violência sexual", explica Liliana.
Infelizmente, o medo não acaba quando se fecham as portas de casa. Basta citar dois exemplos: no Recife, nordeste de Brasil, 300 mulheres são assassinadas por ano por seus companheiros e, em Bogotá, segundo o Instituto de Medicina Legal, a cada 53 minutos se registra uma mulher maltratada por seu companheiro.
Por isso, o objetivo do programa é promover cidades sem violência para as mulheres tanto no espaço privado como no espaço público. Mas como mudar esta lógica agressiva?
Recife apita
Joana Santos, da SOS Corpo, explica que aos poucos vão sendo realizadas ações significativas para mudar a situação no Recife. O sólido movimento de organizações de mulheres com 20 anos de trajetória conseguiu impulsionar o programa de cidades seguras durante os últimos três anos para dars visibilidade ao problema da violência contra as mulheres e gerar repúdio perante crimes que passariam despercebidos.
Por um lado, foram realizadas ações que começaram simbólicas e acabaram se convertendo em mecanismos efetivos. É o caso do uso do apito cada vez que uma mulher está sendo agredida. “Isto inibe a ação violenta, oferece solidaridade à mulher e traz a público uma atitude violenta”, explica Joana.
Paralelamente, as mulheres do Recife têm dado ênfase na formação política de seus grupos para motivar a criação de espaços de diálogo com entidades oficiais e assim poder influenciar verdadeiramente no desenho de políticas urbanas.
"As necessidades mais urgentes para reduzir a violência contra as mulheres são ter mais delegacias de polícia e melhorar os centros de recepção de casos de violência contra mulheres em áreas rurais. O pessoal que atende esses casos deve ser melhor preparado para uma verdadeira aplicação da lei Maria da Penha, porque temos visto que ela não tem sido aproveitada em toda sua dimensão", conclui.

Rosario atua
Na cidade de Rosario, na Argentina, a vontade política presente há várias administrações possibilitou um notável avanço em termos de equidade de gênero na localidade. Por um lado, como explica Liliane Rainero, se conseguiu uma aliança com a Guarda Urbana Municipal – polícia desarmada - para que, a partir da capacitação em atenção e prevenção da violência contra as mulheres, os policiais pudessem oferecer maior mejor apoio, por exemplo, no transporte público onde as mulheres podem ser agredidas.
Além disso, após um processo de sensibilização para identificar as violências cotidianas de que eram vítimas e as possibilidades para mudar isto, as mulheres se apropiaram de uma praça abandonada e destruída, pintaram um mural com uma mensagem que proclamava seus direitos a uma cidade com "mais mulheres nas ruas, segura e sem violência" e isto conquistou o apoio da prefeitura para equipar a praça com mobiliário urbano e iluminação adequada. "Por isso esta praça tem um valor simbólico”, afirma Liliana Rainero, representante da Red Mujer y Hábitat na Argentina.

Bogotá participa

Ter voz e voto nos debates locais era o principal objetivo do "Cidades seguras para as mulheres" na localidade de Suba, em Bogotá. Para conseguir isso, o programa teve que fazer uma capacitação das mulheres da comunidade que implicava empoderá-las de seus direitos e capacidades para intervir na vida pública do bairro.
Para Marisol Dalmazzo, da Associación de Vivienda Popular, o más difícil era jogar com as regras masculinas. “No que se refere à construção da cidade e à participação delas nesse processo, as regras do jogo não permitem que as mulheres cheguem a esses espaços", afirma Marisol.
"Se não estiverem acompanhadas por uma ONG ou por assessores, é muito complicado que cheguem a essas instâncias, mas conseguimos bons resultados", comemora. Dalmazzo afirma que foram modificados acordos que regulamentam a participação delas e agora o grupo focal de 35 mulheres com o qual começaram a trabalhar está mais ativo. "A idéia já não é só incidir no Plano de Ordem Territorial Local, mas também na revisão do Plano de Ordem para a cidade", completa.

Santiago se apropia

Conquistar a noite, um dos momentos mais ameaçadores para a segurança das mulheres e apropiar-se do bairro são as premissas do programa em Santiago do Chile, como explica Marisol Saborido, de Sur Corporación, a organização que coordena a iniciativa da Unifem naquele país. As chilenas se mobilizaram para recuperar espaços tradicionalmente perigosos ou descoupados, como parques e praças que durante a noite ficam desertos.
Mas a base de tudo isto, explica Marisol, é um trablho muito sólido com a autoestima de cada mulher. “A conquista do espaço público tem relação com o própio corpo. Se este é violentado e vulnerabilizado, nasce um temor muito grande de apropiar-se do bairro", explica Marisol.
"Trabalhando no âmbito pessoal e corporal, se avança no processo de empoderamento. Quando as mulheres encontram solidaridade entre elas, nasce a convicção de que podem fazer algo juntas e, por isso, o movimento de mulheres se transforma em algo tão forte na comunidade local”, ensina.
Além deste trabalho de campo, na linha de pesquisa o programa no Chile está elaborando um relatório sobre violência comparada nas cidades de Bogotá, Santiago e Rosario.

Crônicas de uma morte escancarada no centro de BH....menos uma Ana

Uma mulher foi assassinada na noite de ontem no coração de Belo Horizonte, na Praça Sete. Segundo a reportagem acredita-se que a motivação do crime tenha sido passional. Mas, o que me chamou a atenção foi a exposição do crime.
A avenida Afonso Pena é uma das principais avenidas da capital mineira e o assassino decidiu vitimar sua companheira no principal quarteirão da via. Na Praça Sete existe uma câmera de segurança do "Olho Vivo" da Polícia Militar, um posto polícial como policiamento 24hs, dezenas de linhas de ônibus em vários pontos, intenso fluxo de pessoas (especialmente em uma noite de sexta-feira véspera de um feriado prolongado) e é um dos cartões postáis da bela Belo Horizonte.
Se o autor buscou uma visibilidade da tragédia que ele causou, ele conseguiu. Não somente a tragédia de um crime passional ficou visível, mas a tragédia de centenas de mulheres que são vitimadas, algumas em praça pública, outras não. Quando esse homem disparou três vezes contra o rosto dessa mulher em praça pública ficou claro como a violência de gênero existe e prescisa urgentemente acabar.
Foi um ato que lembra os tempos antigos e os atuais alguns lugares em que a mulher era e ainda é chicoteada em praça pública por razões culturais e religiosas.
Ela não foi chicoteada, foi alvejada por disparos de arma de fogo.
Homem mata namorada na Praça 7 e atira contra a própria cabeça
Elaine Resende - Portal Uai

Uma mulher foi assassinada pelo namorado, na noite dessa sexta-feira, na Avenida Afonso Pena, próximo à Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. O homem tentou se matar com um tiro na cabeça, mas foi socorrido e levado em estado grave para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Ele está internado e seu quadro evolui para a morte cerebral.O fato ocorreu por volta das 21h e uma multidão se aglomerou para ver a cena do crime. Segundo o policial civil Mendes, Ângelo Márcio Barbosa Damascena, de 35 anos, trabalhava como motorista e se encontrou na noite de ontem com a namorada, com quem havia reatado o romance há cerca de três meses. O chefe dele, Maurício Botelho, foi chamado ao hospital onde relatou que seu empregado tinha um comportamento exemplar.Durante a tarde, Maurício disse que Ângelo lavou a kombi usada para transporte de cargas e pediu um adiantamento de salário. O patrão entregou R$ 500 ao funcionário. O suspeito também pediu o veículo emprestado. Conforme o agente policial, Maurício estava muito abalado e não entendia os motivos que levaram Ângelo a praticar tamanha violência.A vítima, Regiane de Oliveira Barcelos, de 35 anos, levou ao menos três tiros no rosto. O corpo dela ficou estendido na calçada de uma das principais vias da capital até a chegada da polícia, o que chamou a atenção dos pedestres. Uma testemunha ouvida pela equipe de reportagem da TV Alterosa contou que viu o casal passar de mãos dadas e, logo depois, escutou o barulho dos disparos.Na madrugada deste sábado, foi feito exame para comprovar se havia pólvora nas mãos de Ângelo, que segue internado nesta manhã em estado gravíssimo. Ele atirou no ouvido e a bala atravessou a cabeça. A arma usada foi um revólver calbre 32. Acredita-se que a motivação tenha sido passional.