domingo, 30 de agosto de 2009

O papel da cooperação internacional na redução da violência

Sáb, 29 de Agosto de 2009
Representantes de quatro entidades internacionais apresentaram, nesta sexta-feira (28), na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), em Brasília, uma análise da contribuição das Agências das Nações Unidas e de Cooperação Internacional no enfrentamento à criminalidade.
A primeira experiência foi relatada pela representante do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Júnia Puglia. Ela falou sobre o projeto "Cidades sem violência para as mulheres, cidades seguras para todos", implementado há três anos em Recife (PE). As mulheres são capacitadas para o debate sobre segurança pública e para combater a violência em espaços públicos e privados.
"É preciso dialogar com os governos e organizações em geral para a redução do problema da violência entre as mulheres. Mas é necessário ouvir a versão das mulheres sobre segurança, para que sejam desenvolvidas políticas públicas a partir de suas preocupações", disse Júnia.
O representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), Alexandre Neto, chamou a atenção para o número de homicídios no Brasil. Segundo ele, enquanto a média mundial é de oito ou nove assassinatos para cada 100 mil habitantes, nas regiões da América Latina e Caribe essa taxa é superior a 15. Ele aponta o Canadá como o país mais pacífico do mundo, onde são registrados, ao longo do ano, 700 homicídios. Já no Brasil, o mesmo número de assassinatos ocorre em uma semana.
"O tema segurança pública é sempre prioridade para a população. Podemos perceber isso em qualquer pesquisa que se faça. Porém, não se fala de segurança pública nesse país como de saúde e educação. Por isso a necessidade de se formular uma política de Estado e não de governo para essa área", afirmou Alexandre.
A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) salientou a importância da educação na prevenção da violência. Por meio de um projeto de cooperação técnica internacional com o Ministério da Justiça, a OEI desenvolve, desde 2008, atividades de ensino para detentos. A ação faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
De acordo com Roberto Algarve, assessor especial da diretoria da OEI, os cursos devem atingir 40% das unidades prisionais do país neste ano. A meta é chegar a 100% em 2011. O projeto também está presente em outros países da América Latina, além de Espanha e Portugal.
No encerramento do painel, o representante da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Nobuyuki Kimura, falou da parceria entre Brasil e Japão no policiamento comunitário. A experiência dos japoneses nessa área começou a ser utilizada no país em 1999, pela Polícia Militar de São Paulo.
O Pronasci ampliou a parceria, investimento em treinamento e cursos de formação para levar o policiamento comunitário a todos os estados que aderiram ao programa. Até 2007, 8.956 brasileiros estiveram no Japão e 2.353 japoneses vieram ao Brasil para viabilizar a troca de experiências.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mulheres apresentam propostas para Segurança Pública no Conseg


Mulheres apresentam propostas para novo modelo de segurança pública


Qua, 26 de Agosto de 2009



Uma em cada seis mulheres no mundo sofre violência doméstica. O dado da Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui o drama vivido por milhares de brasileiras. Conhecer melhor essa realidade e ouvir propostas para reverter esse quadro foi objetivo da série "Mulheres: Diálogos sobre segurança pública", que reuniu 213 mulheres, de diferentes ocupações e classes sociais, em sete encontros realizados este ano pelo país.


A diversidade deste debate resultou na produção de um vídeo, um livro e uma exposição fotográfica. Os três produtos foram divulgados na manhã desta quarta-feira (26), na sede do Ministério da Justiça, pela ministra Nilcéia Freire, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República - órgão que conduziu a iniciativa. Os resultados serão apresentados durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), que começa amanhã (27), em Brasília.


"Estes encontros serviram para as mulheres discutirem a violência que acontece nas grandes cidades e também na intimidade dos seus lares. Esses diálogos são uma contribuição das mulheres organizadas para a 1ª Conseg", ressaltou a ministra, acrescentando que a SPM pretende "amplificar os diálogos" e intensificar o debate sobre segurança pública com o público feminino após a Conferência.


Presente na solenidade, o secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, avalia que as mulheres têm muito a ensinar a sociedade sobre a humanização das relações. "As mulheres tem uma longa história de sofrimentos e lutas. Seus saberes acumulados são fundamentais. A segurança pública não trabalha apenas com coisas e processos, mas principalmente com pessoas", disse.


Compartilhando desse ponto de vista, a coordenadora geral da 1ª Conseg, Regina Miki, destacou que durante muito tempo predominou no Brasil a ideia de que segurança pública é assunto de polícia. Na avaliação de Miki, essa compreensão acabou afastando as mulheres deste debate. "Mais do que vítimas de violências, as mulheres são grandes guerreiras e multiplicadoras da cultura de paz", ressaltou.


Os "Diálogos" promovidos pela SPM integraram as etapas preparatórias da 1ª Conseg na modalidade de "conferências livres". As propostas apresentadas nesses eventos foram incluídas no Caderno de Propostas que será votado pelos 2.097 participantes com poder deliberativo na etapa nacional da Conferência, que prossegue até domingo (30), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.


Representatividade - Desde a sua concepção, a 1ª Conseg preocupou-se em fixar normas de participação que assegurassem um debate plural. Uma das regras utilizadas foi o sistema da reserva de gênero nas conferências municipais e estaduais eletivas - uma forma de equilibrar a eleição tanto de homens quanto de mulheres para participar do evento nacional em Brasília.


sábado, 22 de agosto de 2009

Violência policial contra a mulher...um atentado à democracia!

Matéria divulgada pela rádio portuguesa TFS-Rádio Notícias (http://tsf.sapo.pt/paginainicial/), aponta para uma atitude preocupante que é a agressão de policiais contra a mulher. A polícia em uma sociadade democrática de direito deve em sua essência garantir os direitos humanos de cada ser humano e preservar a vida. A violência policial, sobretudo contra a mulher, é um atentado à democracia. É dever de cada policial conhecer e proteger os direitos humanos e os direitos específicos que protegem indivíduo, cidadão ou não, imigrante ou não, de qualquer raça, cor e gênero.

AI denuncia maus-tratos policiais e violência contra mulheres em Portugal
28 MAI 08 às 10:30
Portugal voltou a ser referido no relatório da Amnistia Internacional (AI) devido à violência contra as mulheres e aos alegados maus-tratos da polícia. Luís Silva, da AI, alertou para os poucos progressos registados em matéria de direitos humanos.
A violência contra as mulheres e os alegados maus-tratos da polícia voltaram a colocar Portugal no relatório de 2008 da Amnistia Internacional divulgado esta quarta-feira, 60 anos depois da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O documento afirma que, em Portugal, «as alegações de maus-tratos por parte da polícia e subsequente impunidade dos envolvidos persistiram durante o ano de 2007», bem como os actos de violência contra as mulheres.
De acordo com o relatório, que cita números governamentais, 39 mulheres foram mortas pelos maridos ou companheiros durante o ano de 2006.
A organização internacional destaca também a investigação do Ministério Público sobre as alegadas escalas em Portugal de aviões da CIA usados na transferência ilegal de suspeitos entre países e defende que os Estados Unidos deviam encerrar o campo de detenção de Guantánamo e os centros de detenção secretos.
Ouvido pela TSF, o porta-voz da Amnistia Internacional em Lisboa frisou que, «num universo de 150 países», foram identificados 81 que continuam a usar a tortura ou a maltratar pessoas.
«São números que nos preocupam e que nos levam a pensar que, passado mais de meio século, ainda houve poucas mudanças significativas», acrescentou Luís Silva.
No relatório, a organização desafia ainda os líderes mundiais a pedirem desculpa e a assumirem novos compromissos.

O grito de uma africana pelo blog "Diário da África"




Esse relato foi encontrado no blog "Diário da África" (http://diariodaafrica.blogspot.com/).




Um relato deprimente, mas real. Histórias como essas acontecem em todos os continentes. Seu grito foi ignorado por uma instituição que deveria defender seus direitos que o Estado foi incapaz também de defender.




Há que se lutar!! Há que se fazer esse grito ser escutado...








"Nely tem 20 anos e nasceu na ilha de São Tomé. Está em Angola há dois anos e sete meses. Veio com um namorado, também de São Tomé, que já morava em Luanda. Separado da primeira mulher, o namorado insistia há tempos para que ela viesse morar com ele. Carpinteiro, ele dizia ganhar o suficiente para sustentar os dois.




Nely veio, engravidou, separou e hoje mora com a filha num anexo alugado (como os angolanos chamam os cômodos construídos nos quintais) em uma casa de família.O drama de Nely começou poucos meses depois do desembarque em Luanda. O namorado, promovido a marido/senhor quando ela pisou em solo angolano, continuava as viagens para São Tomé. Lá, reatou com a primeira mulher. Durante alguns meses, administrou a relação de bigamia internacional.




A primeira mulher descobriu e passou a ligar para Nely. Discutiam ao telefone. Nely foi tomar satisfações com o marido e acabou submetida a uma rotina de espancamentos. Cada vez que a primeira mulher ligava, Nely reclamava e apanhava. As vizinhas diziam para ela ir à polícia. Nely não ia.Um dia, toda machucada, saiu de casa com a roupa do corpo e a filha de nove meses. O marido reteve todos os documentos dela. Rasgou o passaporte e o cartão de estrangeiro. Nely hospedou-se na casa de um primo por alguns dias, até alugar o quarto onde vive com a filha há três meses....




...Nely ainda encontra o ex-marido. Ele visita a filha com freqüência. Alega que tem direito e insiste para ela voltar. Ela diz que não quer, mas admite que ainda se relacionam."






"Ele reapareceu ontem à noite na porta do quarto que Nely aluga nos fundos de um casa em Sambizanga.




Exigiu entrar. Nely não deixou. Ele esmurrou a porta até cansar.




Hoje cedo, quando Nely abriu a porta, ele estava lá fora.




Arrancou a filha de casa e a levou embora. Diz que vai voltar para pegar suas coisas que estão lá, que ele havia dado para Nely depois de tê-la expulso de casa. As coisas são: um aparelho de TV, uma cama, uma mesa.Nely ligou para a OMA, a organização que devia defender os direitos das mulheres, para informar que a filha foi levada. Nada aconteceu. Uma funcionária disse que não havia ninguém e que ela deveria ir la na terça-feira, assinar o tal papel em que ela se compromete a aceitar o ex-marido-espancador (que continua a viver com a primeira mulher) ou voltar para São Tomé.




O sujeito espanca a ex-mulher com um pedaço de pau e nada acontece. Ele tira a filha da mãe e nada acontece. Afinal, o que acontece por aqui?No Consulado de São Tomé, disseram que Nely terá mesmo de sair de Angola e regressar por conta própria se quiser ter paz.




O ex-marido-espancador quer obrigar Nely e a filha a voltarem para São Tomé e ficarem lá de vez."


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

À família e Ana Carolina de Menezes


Após a divulgação do blog "O Grito de Ana" no jornal ESTADO DE MINAS", recebi o comentário da irmã da Ana Carolina Menezes. E aqui venho expressar meus sentimentos à família de Ana Carolina.


Comentário postado:



"Daniela disse...
Andre,Ficamos muito emocionados com esta homenagem feita a minha irma Ana Carolina... Estamos vivendo um momento muito difícil, minha família nao compreende o porque desta violencia, o porque deste crime... A Carol (como era chamada por nos), sempre foi uma pessoa doce, amiga, companheira e tinha um coracao de ouro... Nao existe motivo nenhum para uma barbarie desta. Estamos chocados e acima de tudo revoltados pois ate o momento nada foi solucionado... A familia nao sabe ate hoje o porque??? Estamos de luto, mas ainda temos fe, acreditamos que o criminoso vai pagar por tudo isto... Esta pessoa desumana tera que prestar contas pelo que fez com minha irma e minha familia... Sabemos que nada ira suprir a falta dela, a Saudade e imensa, o vazio e inexplicavel... Hoje o que nos fortalece e meu sobrinho, que encontra-se lindo e saudavel, estamos criando ele com todo amor e carinho possivel, mas nada vai suprir o Amor de sua mae "Ana Carolina". Daniela.
17 de Agosto de 2009 19:04 "


Olá Daniela,


Não posso mensurar o tamanho da dor que você e sua família estão sentindo nesse momento. A injustiça nos causa revolta, indignação e profunda tristeza. Realmente é inexplicável a tamanha saudade e vazio que uma pessoa tão querida e importante como a sua irmã, Ana Carolina, tem deixado. Eu, André Silva, deixo aqui meu sentimentos pela perda irreparável e a minha oração é que Deus te fortaleça e seja seu socorro bem presente nesse tempo de angustia.

Esse blog foi criado sim por causa de Ana Carolina e o objetivo é não deixar esse grito de dor ser abafado. Ana Carolina nesse blog representa as milhares de mulheres que sofrem todo o tipo de violência no Brasil e no mundo.

Espero que esse blog, esse esforço que diante do mar parece ser uma gota, venha ser uma resposta a essa inpunidade e aplaque um pouco dessa indignação que inquieta seu coração.

O grito de Ana Carolina Menezes não será esquecido. Estou a disposição!!


André Silva


O grito de Ana no jornal Estado de Minas


O Grito de Ana foi escutado pelo prestigiado jornal mineiro ESTADO DE MINAS, pela reportagem do jornalista Paulo Henrique Lobato entitulada "Lei ganha mais força mas falta punição". A reportagem foi publicada no dia 12 de agosto de 2009, no caderno "Gerais", na página 23.


O grito de Ana foi lembrado pelo jornalista na dor dos familiares de outra vítima, Júnia Aparecida Silva, 20. O corpo de Júnia, universitária, foi encontrado desfigurado em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte.


A reportagem também trás a informação do aumento da pena para crimes sexuais e chama a atenção para a impunidade dos criminosos.


O blog "O grito de Ana" foi citado em homenagem à Ana Carolina de Menezes e com ela a todas as vítimas desse tipo de violência. O blog, assim como a reportagem do colega jornalista Paulo Henrique Lobatom no ESTADO DE MINAS, tem a função de fazer o grito dessas mulheres que sofrem todo tipo de violência ser escutado e não ser esquecido.


Ana Carolina Menezes não é para ser esquecida. O grito dela não pode ser abafado pelo medo, pelo preconceito, pela ignorância ou por qualquer outro motivo. Parabéns ao ESTADO DE MINAS por não deixar esse grito ser abafado pelo esquecimento.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Grito de Ana em Contos e Crônicas. Novo Blog!!!


O Grito de Ana em Contos e Crônicas é um novo blog, uma nova idéia, porém, com textos escritos em forma de contos e crônicas.


A finalidade é a mesma: fazer com que o grito das centenas de Ana´s que são vítimas de toda forma de violência contra a mulher seja escutado!!


Vizitem O Grito de Ana em Contos e Crônicas, deixem seu recado, perticipem!!


Meninas morrem violentadas!! Elas gritaram também!!


Meninas mortas com sinais de abusos sexuais. Três meninas mortas. O mesma violência. Essa foi a mesma violência ceifou a vida de Ana Carlina de Menezes, uma mulher. Quantas outras poderão ser evitadas? O grito das Ana´s que ainda estão vivas necessita ser escutado...



Garota é encontrada morta com sinais de violência sexual em Curitiba


Suspeito da morte estava dormindo embaixo da cama da menina.Corpo tem sinais de estrangulamento e de violência sexual, diz polícia.


Uma menina de 9 anos foi encontrada morta em sua casa, no bairro Atuba, em Curitiba (PR), na madrugada deste domingo (16). O corpo da criança tinha marcas de estrangulamento e de violência sexual, de acordo com informações da Polícia Civil. Por volta da 0h de domingo, ao chegar em casa, a mãe da garota ouviu roncos vindos do quarto da filha. No local, encontrou a menina desfalecida e o suspeito dormindo embaixo da cama. Ele saiu pela janela, mas não conseguiu fugir, sendo alvo de agressão pelos vizinhos.
O suspeito foi internado no hospital Cajuru em estado grave. De acordo com a polícia, ele é foragido da Colônia Penal Agrícola de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, e responde por dois crimes. A Polícia Civil informa ainda que o flagrante já está oficializado e que o suspeito será encaminhado à delegacia assim que receber alta do hospital. O corpo da menina está no Instituto Médico Legal de Curitiba.

Violência contra crianças
Se confirmado o caráter de violência sexual da menina, este será o terceiro crime desta natureza no Paraná em menos de um mês. No dia 5 de novembro, o corpo de uma menina de 9 anos foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba. Rachel Maria Lobo foi vítima de estrangulamento e violência sexual.

Na terça-feira (11), foi enterrada uma menina de 8 anos encontrada morta em um matagal na cidade de Castro. Segundo exames do IML, ela foi vítima de traumatismo craniano e abuso sexual.

Uma resposta para o grito de Ana


O aumento da pena é válida mas deve ser resepeitada e se fazer valer. Os criminosos devem realmente ser presos e permanecer presos.



Lei que aumenta penas para crimes sexuais entra em vigor


Lula sancionou nova lei na sexta (7) e DOU publicou nesta segunda (10).Gravidez e DST podem ser agravantes; tráfico sexual tem pena específica.


Começa a valer nesta segunda-feira (10) a lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (7), que estabelece penas maiores para crimes sexuais como pedofilia, assédio sexual contra menores e estupro seguido de morte, além de tipificar o crime de tráfico de pessoas. A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (10). A partir de agora, todos os crimes sexuais que constam na lei podem sofrer aumento de 50% da pena quando o ato resultar em gravidez. Quando o autor - que saberia ou deveria saber que possui uma doença sexualmente transmissível - transmitir a mesma à vítima, sua pena pode aumentar de um sexto até metade da pena prevista. O crime de estupro contra maiores de 18 anos continua com pena prevista de seis a dez anos. Mas quando o ato for contra pessoas entre 14 e 18 anos, a pena passa a ser de oito a 12 anos. Se o estupro resultar em morte, o acusado pode pegar de 12 a 30 anos de cadeia. A violação sexual mediante fraude pode resultar em dois a seis anos de prisão e é passível também de multa se houver interesse econômico na prática do crime. Pessoas menores de 14 anos ou que, por qualquer motivo, não podem oferecer resistência, são caracterizadas como vulneráveis, e o crime de estupro contra estas tem pena maior, que vai de oito a 15 anos. Se o ato resultar em morte, o período de cadeia também pode chegar a 30 anos.

Para o assédio sexual, a pena de um a dois anos agora pode ser aumentada em até um terço quando a vítima for menor de 18 anos. Quanto ao favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, a pena varia de dois a oito anos.
Tráfico
O tráfico de pessoas para exploração sexual, tanto para o exterior quanto de estrangeiros para o território nacional, gera pena de três a oito anos e pode ser aumentada em 50% quando há participação de quem tem o dever de proteger ou cuidar da vítima. O aumento também pode ocorrer quando a vítima é menor de idade ou deficiente mental ou quando há o uso de violência, ameaça ou fraude.

O crime também é passível de multa. Quando o tráfico de pessoas é dentro do território nacional, o acusado pode pegar de dois a seis anos de prisão e as mesmas regras para o possível aumento de 50% do tempo se aplicam.


O grito de Ana sendo estudado pela Unesco e a Universidade Cândido Mendes











O Blog "O Grito de Ana" esta sendo pesquisado pela Unesco no Brasil e o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC) no contexto do fenômeno da "blogosfera policial".


O objetivo desse simples blog é justamente esse, dizer às pessoas que a cada dia em qualquer lugar do globo, mulheres como Ana Carolina de todas as classes sociais, religiões, níveis de escolaridade, cor e tamanho são vítimas de violência de gênero, em especial a doméstica.


Ana Carolina foi morta, mas o grito dela está na pesquisa da Unesco e Universidade Cândido Mendes. A função desse blog é essa:
"fazer ser escutado o grito de Ana"


Confira a matéria abaixo:

UNESCO e CESeC estudarão blogosfera policial
Parceria avaliará papel de blogs no debate sobre segurança pública



Brasília, 20/3/2009 – A Representação da Unesco no Brasil e o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC) firmaram parceria para a realização de pesquisa sobre a produção, quantidade, conteúdo e impacto dos blogs especializados em segurança pública. A investigação será o primeiro estudo em profundidade sobre a mais recente e relevante tendência na cobertura de politicas de segurança, polícia e criminalidade.
A pesquisa incluirá levantamento e análise de blogs, entrevistas com policiais blogueiros e jornalistas e a realização de debates. Um deles ocorrerá no II Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Vitória, de 1 a 3 de abril. Pouco antes, no dia 27 de março, um painel e uma oficina sobre o uso de novas mídias na cobertura da criminalidade integrarão o Seminário Internacional sobre Mídia e Violência, organizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro pelas embaixadas do Canadá e dos Estados Unidos, em parceria com a UNESCO no Brasil.
Apesar de sua breve história nas comunicações – acredita-se que o primeiro diário virtual surgiu em 1993, nos EUA – os blogs hoje são uma das grandes fontes de informação e entretenimento no mundo. Estudo divulgado em 2008 pelo site Technorati, que monitora a blogosfera em mais de 81 línguas, registrou a criação de mais de 133 milhões de blogs desde 2002. Vários deles estão entre os principais veículos da Web. Dos dez maiores sites de entretenimento americanos, quatro são blogs. No Brasil, os blogs surgiram em 1998. Em 2005, foram criados os primeiros conteúdos sobre segurança pública e criminalidade. Desde então, as páginas dedicadas a estes temas cresceram em ritmo acelerado e com uma particularidade: a maior parte delas é assinada por policiais civis e militares. Levantamento recente feito pelo blog Abordagem Policial identificou 59 páginas produzidas exclusivamente por policiais de 14 estados brasileiros.


Fonte:

domingo, 9 de agosto de 2009

A tecnologia do GPS a serviço da vida de Ana na Itália



Italianas vão receber aparelhos de GPS para evitar estupros - BBC Brasil 20/02/09
Guilherme AquinoDe Milão para a BBC Brasil

Vão ser entregues cerca de 200 aparelhos na cidade de Monza
Cerca de 200 mulheres da cidade italiana de Monza vão ter aparelhos de GPS, batizados de "caixas rosas", instalados em seus veículos nas próximas semanas, em uma iniciativa da prefeitura local de evitar crimes sexuais.
Na realidade, se trata de um sistema antifurto que vai ser instalado gratuitamente nos veículos das mulheres e que elas vão poder acionar à distância, num raio de 150 metros do veículo.
O serviço irá funcionar 24h e alertar a patrulha mais próxima da área de onde partir o pedido de socorro.
A distribuição do aparelho tinha sido prevista inicialmente para dar maior segurança às mulheres que pudessem estar em dificuldades devido a um acidente rodoviário, por exemplo.
Mas, diante da atenção despertada por alguns casos de estupros, o aparelho ganha uma importância ainda maior e uma nova interpretação.
Vulneráveis
Monza tem cerca de 120 mil habitantes, 63% do sexo feminino. A seleção das candidatas para usar o equipamento segue a orientação do CADOM, o Centro de Ajuda de Mulheres Maltratadas, mas muitas preferem não revelar que foram vítimas de agressão.
"O maior problema é fazer com que o crime seja denunciado. Na maioria dos casos, a mulher tenta esquecer e até mesmo negar o estupro, a agressão física e psicológica", disse à BBC Brasil a secretária do Pares Oportunidades (órgão do governo destinado a fiscalizar a igualdade de oportunidades para ambos os sexos) de Monza, Martina Sassoli.
"Sabemos que a violência sexual acontece, principalmente dentro de casa, com maridos e companheiros de relações estáveis."
Tiveram preferência as mulheres que trabalham de noite ou durante a madrugada e vítimas que já denunciaram agressões ou viveram ou vivem situações de risco de abuso sexual, ameaças e perseguição por parte de ex-companheiros ou desconhecidos.
Outras grandes cidades italianas também pretendem adotar a medida.
A prefeitura de Milão anunciou a distribuição de mil aparelhos de GPS. Eles vão ser doados para moradoras de quarteirões com maiores índices de criminalidade e instalados de graça. As mulheres irão ficar com o aparelho durante três anos.
"A mesma experiência vai ser repetida em Roma. Nos já tínhamos pensado nesta utilização contra a agressão sexual", disse Matteo Avico, diretor de comunicação da fundação Ania (ONG que promove a segurança rodoviária), que apresentou o projeto em 2007.
Pulseira
A experiência dos aparelhos de GPS colocados à disposição das proprietárias de veículos pode minimizar o problema, mas as mulheres que não possuem carros ainda continuam sem opção de proteção.
"A minha grande preocupação também é com as mulheres que usam os transportes públicos, caminham a pé e que precisam de segurança. Estamos estudando uma parceria para dar a elas um instrumento de ajuda eficaz", disse Martina Sassoli.
Uma das hipóteses é o uso de uma sofisticada pulseira com um chip embutido. A emissão dos sinais começa quando a pessoa aciona um dispositivo que, por sua vez, acende o radiotransmissor preso ao corpo ou dentro da bolsa, ao alcance da mão. O S.O.S. chegaria diretamente à central de polícia.
Alguns casos recentes de estupros cometidos por imigrantes estrangeiros revoltaram a opinião pública e levaram o governo a lançar novas leis para coibir assédios sexuais.
Leia mais na BBC Brasil: Itália aprova decreto que endurece leis contra estupro
Embora a maior parte dos condenados ou denunciados por estupro sejam italianos, existe o temor de que os casos recentes aumentem a xenofobia no país.


---Publicado pela BBC Brasil 20/02/09.

17% das Ana´s gritam em silêncio dentro de suas casas....

Direto de São Paulo

Uma pesquisa sobre violência doméstica no Brasil trouxe um dado grave e inédito: 17% dos entrevistados acreditam que as mulheres não abandonam o companheiro agressor por medo de serem mortas com o fim da relação. Segundo a pesquisa, isso demonstra o "grau de vulnerabilidade" a que a mulher ainda está submetida no País, mesmo com leis como a Maria da Penha em vigor.
A titular da Secretaria Especial do Direito das Mulheres, ministra Nilcéia Freire, esteve presente na divulgação da pesquisa, em São Paulo. Segundo ela, a violência após o fim da relação reflete o sentimento de que o homem tem propridade sobre a mulher. "Muitos assassinatos acontecem quando a mulher decide por fim a uma situação de dominação", diz.
Segundo a pesquisa, no entanto, o principal motivo para a mulher não abandonar o parceiro ainda é a condição econômica, com 24% das opiniões, seguida por preocupação com os filhos, com 23%.
A ministra criticou a polícia, dizendo que muitas vezes os relatos de violência não são levados a sério nas delegacias e acabam encarados como "uma briga qualquer entre marido e mulher". "Nenhum poder está imune ao machismo. Ele está na polícia, no judiciário", disse.
A pesquisa do Instituto Avon/Ibope mostra ainda que 55% dos entrevistados conhece algum caso de violência doméstica. Pesquisa do Ibope realizada em 2006 pelo Instituto Patrícia Galvão indicava 51% para a mesma questão.
O estudo ouviu 2002 pessoas entre 12 e 17 de fevereiro de 2009. A amostra tem 52% de entrevistados do sexo feminino e 48% do masculino, todos com 16 anos ou mais.
Redação Terra
---Publicado pelo Portal Terra, 14/04/09.

Alcool e a vida e Ana, não combinam!!!




Novo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), feito com 7 mil famílias em 108 cidades do Brasil, comprova que o álcool funciona como “combustível” da violência doméstica. Nas entrevistas feitas durante um ano, os pesquisadores identificaram que em quase metade das agressões que acontecem dentro de casa (49,8%) o autor das surras estava embriagado.
A relação entre bebida alcoólica e maus-tratos já era considerada pelos especialistas, mas a evidência científica foi comprovada nacionalmente só com o ensaio científico. A tolerância à agressão também é decifrada pela associação entre violência e álcool, afirma o autor da pesquisa da Unifesp, o psicólogo Arilton Fonseca. “É muito mais fácil perdoar quando o agressor bebeu. A vítima considera o álcool o culpado e não o violentador. Acredita que, quando sóbrio, a rotina de violência cessa.” Foi evidenciado ainda que violência impulsionada pela bebida alcoólica persiste por mais de 10 anos. Outro aspecto está em classes sociais. Dos agressores bêbados, 33% eram de classe média e 17%, de classe alta. Nos dados do Disque-Denúncia 180 - que recebe ligações de todo País sobre violência doméstica, foi apurado que 48,7% das vítimas agredidas não dependem economicamente do agressor, o que, para Aparecida Gonçalves, mostra que o dinheiro não é fator principal e exclusivo para que o ciclo de agressão seja perpetuado.A relação do álcool e o impulso para as agressões é fisiológica, explica o pesquisador do Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP), Gabriel Andreuccetti. Segundo ele, a bebida etílica chega ao cérebro, aguça o sistema nervoso simpático, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade.
A ressalva dos especialistas é que tanto violência doméstica quanto consumo de bebidas alcoólicas são fenômenos complexos. No geral, um funciona como fósforo aceso dentro de um barril de pólvora do outro. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Leia também:
Mulheres das classes média e alta perdem a vergonha e denunciam violência
Leia mais sobre: violência doméstica
---Publicado pelo Último Segundo, 15/06/09.
Fonte: http://www.violenciamulher.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1806:estudo-constata-que-alcool-move-violencia-domestica-ultimo-segundo-150609&catid=13:noticias&Itemid=7

As Ana´s podem estar denunciando mais....



Denúncias de estupro aumentam 125% no Rio - Agência Estado (SP) 28/07/09

As denúncias de estupro no Rio de Janeiro aumentaram 125% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas neste ano já foram feitas 762 ligações ao Disque Denúncia com queixas e informações sobre esse tipo de crime. Em maio, as delegacias registraram 141 vítimas da violência sexual, um crescimento de 44% no número de mulheres estupradas em relação ao mesmo mês em 2008.
O Disque Denúncia é uma organização não-governamental (ONG) que recolhe denúncias anônimas e as repassa para os órgãos competentes. Pesquisadores da ONG acreditam que a situação é preocupante. No entanto, as autoridades policiais avaliam que o crescimento dos estupros está ligado à diminuição da subnotificação do crime, que ocorria no passado por falta de coragem das mulheres em denunciar os agressores à polícia.
De acordo com Michelle Jorge, gerente do Núcleo de Violência Doméstica Contra Mulher do Disque Denúncia, as queixas devem acender a luz vermelha para as autoridades. “Não é normal esse crescimento. As denúncias indicam que há uma difusão desse crime no Rio. Isso está confirmado pelo crescimento dos registros de ocorrências nas delegacias. O poder público deve identificar e punir os culpados e incrementar a rede de acolhimento às vítimas”, avaliou Michelle.
Menos subnotificação
As autoridades policiais, no entanto, negam que a violência aumentou e atribuem o crescimento do estupro a uma redução da subnotificação por causa da instalação das nove unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) pelo Estado e a conversões delas em modelo de Delegacia Legal. “O crime não aumentou. Os registros de ocorrência aumentaram, porque a mulher tem mais coragem para denunciar. Esse é um movimento que acontece desde a promulgação da Lei Maria da Penha e ocorre no País inteiro”, afirmou a delegada titular da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher, Marta Rocha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (AE) ---Publicado pela Agência Estado (SP), 28/07/09.



"No passado, quem chegava à delegacia eram mulheres mais velhas, que apanhavam havia 20 anos dos maridos e tinham braços e pernas quebrados. Hoje, chegam jovens que vão morar com os rapazes muito cedo, independente de raça e classe social", conta a delegada Celi Paulino Carlota, responsável pela 1º Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, localizada no centro da capital paulista.
A delegacia no centro de São Paulo foi criada em 1985. Celi dirige a unidade há dois anos, mas antes trabalhou por 16 anos na Delegacia da Mulher de Pirituba, zona norte de São Paulo. Ela acompanhou a criação da lei Maria da Penha (que ampliou o rigor na punição à violência contra a mulher) e as mudanças que vieram junto após a sanção, no dia 7 de agosto de 2006. "Quando a lei começou a vigorar, cresceu a procura por atendimento porque aumentou a divulgação. Depois, quando fizeram uma campanha que dizia que quem bate em mulher vai preso, caiu. Porque, na verdade, as mulheres não querem que os homens sejam presos, elas só querem que eles parem de machucá-las. Atualmente, a procura voltou a aumentar", diz a delegada. No ano passado, a Secretaria de Segurança Pública paulista registrou 91.128 ocorrências nas Delegacias de Defesa da Mulher, a maior parte de lesões corporais e ameaças. Criada para proteger as mulheres que são agredidas por pessoas com quem possuem uma forte relação afetiva -maridos, pais, namorados, irmãos-, a lei Maria da Penha aumentou a pena de lesão corporal leve em casos de violência doméstica para até três anos. Também tirou a necessidade de a vítima manter a queixa contra o agressor durante o julgamento, criou juizados especiais e diminuiu o tempo entre a investigação policial e a decisão da Justiça. Tudo isso para permitir que os agressores sejam afastados das vítimas antes de as agressões se agravarem ainda mais e oferecer garantias suficientes para que estas mulheres rompam com a violência doméstica. "É muito difícil para estas mulheres denunciar os agressores", explica o psicólogo Cláudio Picazzo, especialista em violência doméstica e abuso sexual infantil. "E se ele te agredir novamente? E se a agressão for pior porque você o denunciou?", questiona. "Além disso, as pessoas que sofrem esse tipo de violência têm um vínculo de amor com o agressor. Às vezes, fantasiam que o problema é o álcool, que quando está sóbrio o cara é um anjo." "A violência doméstica é cíclica. A mulher passa por ciclos de violência e depois de convivência pacífica com o marido. Por isso, ela tem dificuldade em levar adiante o processo contra o agressor", explica Carolina Brambila Bega, coordenadora auxiliar do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de São Paulo. Ela estima que os defensores públicos paulistas atendam por mês cerca de 300 pessoas que procuram orientações sobre o assunto. Algumas procuram informações sobre o funcionamento da lei, outras são orientadas a levar os documentos necessários para dar início a uma ação. "Acontece muito de mulheres passarem no primeiro atendimento, passarem a documentação necessária para abrir o processo e depois não retornarem mais", lamenta Carolina. Além da procura às delegacias especializadas e à defensoria pública, a Lei Maria da Penha faz crescer anualmente a busca por informações pelo serviço telefônico da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República. Entre janeiro e junho deste ano, o serviço registrou 161.774 atendimentos -um aumento de 32,36% em relação aos 122.222 do mesmo período de 2008. Em 2007, foram 58.417 atendimentos no primeiro semestre. Em números absolutos, o Estado de São Paulo lidera a procura ao serviço, seguido pelo Rio de Janeiro e por Minas Gerais. A maior parte dos relatos é de violências cometidas pelos companheiros das vítimas. A principal reclamação é de violência física, mas também há casos de violência psicológica, moral, sexual e cárcere privado.Também foram criados 28 Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no país, mas não em todos os Estados, segundo Pedro Ferreira, coordenador da central de atendimento à mulher da secretaria espacial. Mais 38 varas da Justiça funcionam de forma adaptada. O alcance ainda é restrito e, enquanto não são criados novos juizados, as varas criminais são responsáveis pelos processos de violência doméstica contra as mulheres. "O problema é que a vara criminal só tem competência para julgar o crime, mas esses casos envolvem questões cíveis também. O juizado especializado trata dos dois. Sem ele, a mulher não consegue resolver tudo de uma vez, tem de procurar uma vara cível depois", explica Ferreira. As varas cíveis podem arbitrar separações e divórcios e definir a guarda dos filhos e a pensão alimentícia, por exemplo.Apoio à vítimaQuem trabalha com as vítimas diz que a violência doméstica não se restringe a classe social, mas que a necessidade de serviços de apoio pode variar."A vítima pode ser uma dona de casa sem recursos ou uma profissional de classe média alta, com curso superior. A diferença é que as donas de casa acabam dependendo mais da rede de apoio", diz Ana Galati, coordedora geral de suas casas-abrigo administradas pelo Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde, de São Paulo. Segundo ela, as mulheres que vão para os abrigos são as mais vulneráveis, que em geral correm risco de morte ou de sofrer violência ainda mais forte ao voltar para suas casas. Elas chegam aos locais em sigilo -os endereços dos locais onde são acomodadas não são divulgados nem às famílias e, caso precisem entrar em contato com os parentes, usam um telefone que não pode ser rastreado. Quando têm filhos, levam eles junto. A avaliação da necessidade de ir para um abrigo é feito por psicólogos e assistentes sociais nos centros de referências à mulher, que oferecem também assistência jurídica e capacitação profissional.Avanços culturaisLideranças feministas avaliam que a Lei Maria da Penha passou a ser "muito conhecida e referenciada" dentro da sociedade brasileira, como diz Leila Linhares Barsted, advogada e coordenadora executiva da ONG Cepia, com sede no Rio de Janeiro. No entanto, identificam focos de resistência a existência de legislação específica para combater a violência doméstica contra a mulher. Myllena Calasans, advogada e assessora técnica do CFemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) diz que a lei "tem encontrado resistência no sistema de Justiça". "Há decisões conflitantes no Judiciário sobre a constitucionalidade da lei, aplicação dos dispositivos em favor de homens, demonização. Tem quem diga que a lei fere o princípio da igualdade de gêneros, mas ela veio para fazer dessa igualdade uma realidade." No mês passado, um juiz do Rio Grande do Sul usou uma analogia para determinar medidas de proteção a um homem que dizia que sua ex-mulher "o perturbava". No ano passado, houve um caso semelhante no Mato Grosso. Para Leila Barsted, a aplicação é errada. "Acho que o juiz [que aplica a Maria da Penha para proteger homens de agressões] desvirtua o sentido da lei. A violência contra a mulher é um fenômeno social, ela é cometida pelo fato de a vítima ser mulher", diz. "Uma mulher que é vítima de violência doméstica pode demorar 15 ou 20 anos para romper o ciclo. Em uma relação dessas, ela não está no mesmo patamar de igualdade que homem", opina Myllena.As duas ativistas dizem acreditar que o principal entrave para o combate à violência contra as mulheres é que muita gente ainda acredita em relações hierárquicas entre homem e mulher, principalmente quando colocam o homem como o provedor. O psicólogo Cláudio Picazzo faz ainda outro alerta: "Ainda temos uma educação errada, existe a ideia de que se papai te bate é porque te ama".
Quem é Maria da Penha?

A lei Maria da Penha homenageia a bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, que era agredida metodicamente e foi vítima de pelo menos duas tentativas de assassinato por parte de seu marido -uma delas a deixou paraplégica. O caso chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 1998 como denúncia de que o Brasil seria tolerante com a violência contra a mulher. Após análise, o órgão sugeriu formalmente ao Brasil reformar sua legislação de modo a dar maior apoio às mulheres vítimas de agressão - uma mudança que nasceu sob a forma da lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Silvana SallesDo UOL NotíciasEm São Paulo
---Publicado por UOL Notícias (SP), 07/08/09.

Aumenta o número de pessoas que estão escutando o grito de Ana em São Paulo



Hoje, a Lei Maria da Penha, que aumentou o rigor das punições contra quem comete violência doméstica, completa três anos. Um balanço divulgado ontem pela Secretaria Especial de Políticas mostra que a sociedade está cada vez mais engajada na luta contra esse tipo de crime. Instrumento de denúncia, a Central de Atendimento à Mulher, o ligue 180, registrou 161.774 atendimentos, de janeiro a junho deste ano, um volume 32,36% maior que o registrado no mesmo período de 2008. "A população mudou de comportamento. Ela está encarando a agressão como um crime, de fato", diz Aparecida Gonçalves, subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Quatro em cada dez brasileiros que conhecem uma mulher agredida tentam ajudar a vítima, segundo pesquisa realizada pelo Ibope e pelo Instituto Avon, no início de 2009. A ajuda nem sempre vem em forma de denúncia, mas também com orientação. "Isso ajuda a comprovar que o brasileiro está deixando de seguir um antigo ditado de que ?em briga de marido e mulher ninguém mete a colher?", diz Aparecida. São Paulo é o Estado campeão em denúncias, com 54.137 atendimentos, que equivalem a um terço do total nacional, de acordo com o relatório da secretaria. Em segundo lugar está o Rio, com 19.867 ligações, seguido por Minas, 11.056, e Bahia, 9.887. O último colocado, Roraima, aparece no ranking com 104 ligações. Apesar da evolução do panorama, ainda há muito por fazer. A qualidade do serviço prestado na delegacia é a principal queixa recebida pela Central de Atendimento à Mulher. "Muitos delegados ainda aconselham a mulher a não deixar o marido, dizem que é melhor com ele do que sem ele", diz a advogada Sônia Maria Nascimento, vice-presidente do Geledés Instituto da Mulher Negra. "É muito difícil convencer a vítima a ir à delegacia; e quando ela chega lá, não resolve nada."Se não bastassem a vergonha e a humilhação , a maioria das mulheres agredidas tem no máximo o ensino médio (55,5%), ou seja, pouca informação. "Muitas dependem financeiramente do marido", diz Sônia. "A agressão fez com que eu me isolasse cada vez mais na minha casa", conta a recepcionista Mônica Uchoa, de 40 anos, mãe de sete filhos, vítima de agressão do marido por 23 anos. "Acreditava que ele mudaria." A Lei Maria da Penha dá ferramentas para a formação de uma geração com outra mentalidade. "Meninas em idade escolar já falam da lei", comemora Aparecida.
---Publicado por O Estado de S.Paulo, 07/08/09.

Ana! Faça valer o seu direito!



Mais um triste e recorrente caso de violência contra a mulher ocorrida no Estado de São Paulo foi veiculado em rede nacional essa semana. O caso da jovem Marina Sanchez Garnero, 23, morta pelo ex-namorado que não aceitou o fim do relacionamento. Segunto relata a notícia, Marina estava sendo ameaçada pelo ex-namorado, Marcelo Travitzki Barbosa, 29, e chegou a registrar quatro boletins de ocorrência policial na Delegacia de Mulheres. Marina foi assassinada na recepção da academia em que trabalhava a tiros.
Marina, segundo a informação jornalística, se recusou a solicitar à Justiça as medidas de proteção preventiva que estão previstas na Lei Maria da Penha. Talvez se ela tivesse utilizado os benefícios desta lei ela não teria sido vitimada de forma tão cruel e covarde. A Lei Maria da Penha foi criada para proteger as mulheres que são vítimas de violência conjugal e também penalizar os autores. Portanto é necessário que cada mulher realmente conheça essa lei e caso seja vítima dessa violência conjugal, vá até uma Delegacia de Mulheres, ou uma Delegacia de Polícia comum em localidades onde não exista uma delegacia especializada em crimes contra a mulher, e registre a ocorrência e exiga da justiça todos os benefícios e medidas de proteção disponíveis. A Lei Maria da Penha existe para ser utilizada e somente utilizando-a é veremos na prática o que podemos melhorar na lei. Não basta saber que existe a lei, é importante que ela seja utilizada.
Marina conhecia a lei mas não a utilizou totalmente. Ela subjulgou a revolta do ex-namorado que, como consta na notícia, era "bêbado e drogado". Bebida e drogas são substâncias ativadoras dessa disposição que determinados homens tem de violentar suas mulheres. Marina, foi vítima do alcoolismo, do narcotráfico e da violência conjugal.
Mulheres, não olhem para Marina como mais um caso de violência doméstica. Olhem para essa jovem e lembrem que ainda existem muitas "Marinas" sendo violentadas, mortas, humilhadas e em muitos casos elas não conseguem pedir auxílio. Conheçam esse instrumento de proteção feito para você, conversem entre si, se informem com detalhes e sejam, cada uma de vocês, uma promotora dos Direitos Humanos das Mulheres e Meninas. Não esperem de um Estado que resolveu editar a Lei Maria da Penha sob pressão internacional.
Recepcionista morta em academia já havia registrado quatro ocorrências
Agência Estado
A recepcionista Marina Sanchez Garnero, de 23 anos, morta pelo ex-namorado Marcelo Travitzki Barbosa, de 29, já havia registrado quatro ocorrências de agressão contra ele. O casal teve uma história conturbada. No dia 28 de novembro, Marina registrou representação contra ele e afirmou que rompera porque Marcelo era “bêbado, drogado”. De acordo com o delegado-titular Jair Vicente, ele foi intimado e faltou. Seria convocado novamente. “Mas não deu tempo.Vicente explicou que dois dias antes de representar contra Marcelo, Marina registrou ocorrência na 9ª Delegacia da Mulher. Ela não quis se beneficiar da Lei Maria da Penha, onde a vítima pode solicitar medidas de proteção preventiva. Vicente explicou que os crimes de ameaça são considerados menos ofensivos. “Ficamos de mãos atadas”, disse o titular. Segundo o delegado, só juízes podem pedir medidas protetivas. “Isso costuma acontecer em casos de violência doméstica”.Dois meses atrás, a polícia havia instaurado inquérito por causa de denúncia da jovem contra Marcelo. Formado em Direito, ele se relacionou por quatro anos com Marina. Detido ontem, o rapaz confessou o crime. Marcelo estava em liberdade condicional de uma pena por assalto em 2005. Marcelo será transferido para um Centro de Detenção Provisório nesta sexta-feira.
fonte: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_7/2009/01/09/em_noticia_interna,id_sessao=7&id_noticia=94739/em_noticia_interna.shtml

Proteger Ana é questão de Segurança Humana


Uma das características da violência contra a mulher é a universalidade e a agressividade. Mulheres são vitimadas em todo o globo das formas mais agressivas, para não dizer doentia em muitos casos. É uma violência que atravessa fronteiras, culturas, níveis sociais e graus de instrução. Cristiana é mais um caso dessa violência cruel e covarde, porém, com um final justo. O autor do assassinato da bela modelo será condenado. Cristiana foi morta em um flat, não no barraco, em uma área nobre, não na área de risco. Era modelo e tinha status, namorados ricos e uma vida confortável. Enquanto seu sorriso era estampado, sua alma era ferida pelas agressões físicas e psicológicas cometidas pelo seu ex-namorado, Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho, 41, que não aceitou o fim do relacionamento.
Nos prédios e mansões também existem mulheres sofrendo com a agressão física, econômica, moral e psicológica. Condição social não paga o registro da dor de uma mulher agredida por um marido, namorado ou amante que por proporcionar conforto e luxo e se acha no direito de bater no rosto da sua companheira. Essas vítimas são as que possuem maior capacidade de reinvidicar a defesa dos seus direitos Humanos da Mulher e promover esses direitos em contribuir na construção de uma sociedade mais pacífica e justa. O conceito da Segurança Humana, atualmente debatido no mundo quando se fala em segurança, é amplo e universal. Segurança Humana aborda desde da violência doméstica ao aquecimento global. Somente por meio da conscientização de que é necessário uma mudança de atitude global com relação a criação de uma cultura da PAZ é que começaremos sentir mudanças nessa geração. Fomentar a paz e a mediação pacífica de conflitos em cada situação da vida cotidiana é dever de cada ser humano, razão pela qual chegamos ao limite de discutir a nossa SEGURANÇA HUMANA.
Detetive será julgado oito anos após morte de modelo em BH
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Oito anos depois da morte da ex-modelo Cristiana Aparecida Ferreira, cujo corpo foi encontrado num apartamento do Hotel San Francisco Flat, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o suspeito será julgado nesta sexta-feira pelo 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. O detetive particular Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho, de 41 anos, teria asfixiado a ex-namorada por ciúmes e simulado um suicídio. A sessão do júri começa às 13h e será aberta ao público. O crime foi em agosto de 2000, no hotel da Avenida Álvares Cabral, onde a vítima se hospedou para um encontro com um suposto amante. De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público, Reinaldo conheceu Cristiana em 1996 e namoraram até o ano seguinte. O detetive teria se apresentado à família dela como um juiz criminal, mas, aos poucos, segundo o processo, foi revelando o seu temperamento violento, possessivo, ciumento e dissimulado, motivo que levou Cristiana a abandoná-lo, pois vinha sendo agredida e ameaçada por ele. A vítima chegou a registrar queixa na polícia, mas o caso foi arquivado pelo Juizado Especial de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Conforme o processo, Reinaldo passou a seguir os passos da vítima, vigiando-a o tempo todo. A ex-modelo, diz o processo, passou a se relacionar com “homens de elevado padrão financeiro e posição social”, o que teria alimentado a fúria do acusado.Emmanuel Pinheiro/EM/D.A. Press- 29/05/2003As investigações apontaram Reinaldo Pacífico como o principal suspeitoAs primeiras investigações da polícia concluíram que a morte foi um suicídio, mas não convenceram o Ministério Público, que resolver apurar diretamente o caso, acreditando que as diligências requeridas à Polícia Civil não foram devidamente atendidas. Um procedimento administrativo foi instaurado para complementar o inquérito, ouvindo familiares da ex-modelo, funcionários do hotel, empresários e políticos. A conclusão é de que Cristiana foi assassinada entre 4 e 5 de agosto de 2000, em horário não determinado. AmanteConsta no processo que a ex-modelo se hospedou no hotel no dia 3, com um suposto acompanhante que não foi identificado por funcionários do hotel. No dia seguinte, por volta das 14h, ela pediu para fechar a conta por telefone, mas não desceu, pois teria recebido a visita inesperada do detetive. Depois de matá-la por asfixia e agressão física, diz o processo, o acusado teria tentado “maquiar” o local do crime, para parecer que Cristiana havia se matado, ou incriminar um suposto amante da vítima. O promotor de Justiça Francisco de Assis Santiago havia pedido o adiamento do júri, mas não foi atendido pelo juiz presidente do 1º Tribunal, Carlos Henrique Perpétuo Braga. A alegação de Santiago é de que duas testemunhas de acusação, que desde a época do crime são atendidas pelo Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e estão morando fora de Belo Horizonte, não podem comparecer à sessão desta sexta-feira. A defensora do acusado, Eunice Batista da Rocha Filha, não foi localizada. O júri já foi adiado antes, por questões técnicas e processuais. Se condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de asfixia como meio cruel, o ex-detetive pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Ele aguarda o julgamento em liberdade.
Fonte:http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/01/09/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=94727/em_noticia_interna.shtml

Dados da UNIFEM


Violência Doméstica inclui violência física e sexual contra as mulheres no lar, no seio da família ou dentro de uma relação íntima. As mulheres estão em maior risco de sofrer violência nas relações íntimas do que em qualquer outro lugar. Em nenhum país do mundo estão as mulheres segura deste tipo de violência. Dos dez municípios pesquisados em 2005 um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 por cento das mulheres em Bangladesh, Etiópia, Peru, Tanzânia e relataram ter sido vítimas de violência física ou sexual por parceiros íntimos, com valores atingindo 71 por cento nas zonas rurais Etiópia. Somente em um país (Japão) foi inferior a 20 por cento o prcentual das mulheres que relataram incidentes de violência doméstica. Um estudo anterior da OMS estima o número de mulheres maltratadas fisicamente por seus parceiros ou ex-companheiros em 30 por cento no Reino Unido, e 22 por cento nos Estados Unidos.
Num inquérito recente realizado pelo Instituto Americano sobre Violência Doméstica, 60 por cento dos altos executivos disseram que a violência doméstica limita participação das mulheres trabalho e tem um efeito negativo sobre a produtividade. O inquérito concluiu que as vítimas da violência doméstica perdem quase 8 milhões de dias de trabalho remunerado por ano - o equivalente a 32.000 empregos de tempo integral.
Baseado em várias pesquisas de todo o mundo, metade das mulheres que morrem anualmente vítimas de homicídio são mortas pelos seus atuais ou ex-maridos ou parceiros. As mulheres são assassinadas por pessoas que conhecem e morrem de violência armada, espancamentos e queimaduras, entre inúmeras outras formas de abuso. Um estudo realizado em São Paulo, Brasil, relatou que 13 por cento das mortes de mulheres em idade reprodutiva eram homicídios, dos quais 60 por cento foram cometidos pelos parceiros das vítimas .
De acordo com a UNIFEM um relatório sobre a violência contra as mulheres no Afeganistão, fora de 1.327 incidentes de violência contra as mulheres coletados entre janeiro de 2003 e Junho de 2005, 36 mulheres haviam sido mortos - em 16 casos (44,4 por cento) por seus parceiros íntimos. Segundo o secretário-geral do estudo aprofundado sobre todas as formas de violência contra as mulheres, até 2006, 89 Estados tiveram algum tipo de proibição legislativa sobre a violência doméstica, incluindo 60 Estados com leis específicas de violência doméstica, e um crescente número de países que tinham instituído planos nacionais de ação para pôr fim à violência contra as mulheres. Este é um claro aumento em comparação com 2003, quando UNIFEM fizeram uma varredura na legislação anti-violência e constatou que apenas 45 países tinham leis específicas sobre a violência doméstica.
Ainda altos níveis de violência contra as mulheres persistem. Existe claramente uma necessidade de maior incidência na implementação e cumprimento da legislação, e por fim leis que enfatizam o reagrupamento familiar ao longo dos direitos das mulheres e meninas. Limitada disponibilidade de serviços, o estigma que o medo impede as mulheres de procurarem assistência e reparação. Isto foi confirmado por um estudo publicado pela OMS em 2005: com base nos dados recolhidos a partir de 24.000 mulheres em 10 países, entre 55 por cento e 95 por cento das mulheres que tinham sido maltratadas fisicamente por seus parceiros e nunca tinham contactado ONGs, abrigos ou a polícia.
fonte: http://www.unifem.org/campaigns/vaw/facts_figures.php?page=2